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Boi

Roubo de gado: Faep pede força-tarefa exclusiva para combater abigeato

Entidade enviou um ofício à Secretaria Estadual da Segurança Pública pedindo a criação de um grupo que investigue criminosos que miram propriedades rurais

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Foto: Polícia Civil do Rio Grande do Sul

Diante da ação de quadrilhas especializadas em furtar e roubar gado e implementos agrícolas, a Federação da Agricultura do Estado do Paraná (Faep) enviou um ofício à Secretaria Estadual da Segurança Pública (Sesp) pedindo a criação de uma força-tarefa que se dedique exclusivamente a investigar e a desbaratar os grupos criminosos que miram propriedades rurais.

“A falta de segurança no campo tem preocupado muito os produtores rurais do nosso estado. São inúmeros casos relatados em todas as regiões do Paraná e de forma recorrente”, justificou o presidente da federação, Ágide Meneguette.

A entidade ressalta que os relatos se espalham por praticamente todas as regiões do Paraná e variam em relação à forma de atuação dos bandidos e à gravidade dos fatos. Em abril, por exemplo, ladrões invadiram propriedade rural de Tiago Mantovani, em Ribeirão Claro, e abateram um boi no local para furtar a carne do animal.

“Foi a quarta vez em cerca de um ano e meio que invadiram a minha propriedade e fizeram isso: matam algumas cabeças no local e levam a carne. Aqui na nossa região teve muitos casos parecidos. De vez em quando, a polícia prende uma quadrilha, mas logo aparece outra. Tinha que ter uma ação constante das forças de segurança”, diz o pecuarista.

Segundo a Faep, há casos também de ladrões que entram nas fazendas e, usando caminhonetes ou pequenos caminhões, furtam cabeças de gado, deixando os pecuaristas no prejuízo. No início do ano, um criador de Mariluz, noroeste do Paraná, teve 23 cabeças levadas de uma só vez. O pecuarista chegou a oferecer uma recompensa de R$ 10 mil a quem apresentasse informações que o ajudasse a recuperar os animais.

Violência

A federação diz ainda que em algumas regiões, as ocorrências são ainda mais preocupantes por envolverem violência. Em Rondon, no noroeste do Paraná, quadrilhas formadas por bandidos armados invadem fazendas, rendem funcionários e pecuaristas e roubam o que podem: de caminhões lotados de gado a tratores e outros implementos agrícolas. Recentemente, a criadora Simone de Paula teve a um familiar vítima do crime.

“Por muito tempo os bandidos cuidam da rotina da propriedade. Depois, eles vêm com o caminhão, rendem os funcionários e suas famílias, levam tudo embora. É um terror. Temos muitos casos na nossa região”, conta.

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