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Febre aftosa: 166 milhões de animais foram imunizados na 1ª etapa da vacinação

O número representa quase 98% do rebanho de bovinos e bubalinos dos 18 estados que tiveram dados consolidados até o momento

boi sendo vacinado contra febre aftosa
Foto: Prefeitura de Rio Bonito (RJ)

A pandemia da Covid-19 não impediu que pecuaristas aderissem à primeira etapa da vacinação contra febre aftosa. Dados preliminares, enviados por 18 dos 23 estados que participam do processo, indicam cobertura de 97,81% do rebanho de bovinos e bubalinos, ou 166 milhões de cabeças.

As informações de um estado estão sendo analisadas e outras três unidades da federação ainda não enviaram o relatório final. O Amapá realiza a vacinação anual de todo o seu rebanho apenas no segundo semestre do ano.

Em 2019, na campanha de maio, foram vacinados 196 milhões de bovinos e bubalinos, cobrindo 98,08% do total. Na etapa realizada em novembro de 2019, para os animais de até 24 meses, foram vacinados 87,11 milhões, com cobertura vacinal de 98,27%.

Segundo o diretor do Departamento de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Geraldo Moraes, a pequena redução da cobertura vacinal era esperada, como reflexo direto da pandemia, que atrapalhou a logística da vacinação. “Apesar disso, foi uma campanha exitosa dadas as proporções da emergência em saúde existente no país”, diz. A previsão para esta primeira etapa é de vacinar cerca de 183 milhões de bovinos e bubalinos de todas as idades.

Em razão da pandemia, esta primeira etapa de vacinação foi prorrogada em 30 dias para todos os estados, alcançando uma duração de 60 dias para a sua execução. Na maioria dos estados do Nordeste, teve o seu início adiado para o mês de junho, buscando melhorar a organização e divulgar as orientações aos produtores em relação aos cuidados com o coronavírus. Após o término da etapa, o produtor rural teve entre 15 e 30 dias para comprovar a vacinação dos seus animais junto aos serviços veterinários oficiais dos estados, preferencialmente por meios não presenciais como telefone ou internet.

Os estados do Paraná, Acre e Rondônia, e regiões do sul do Amazonas e do noroeste do Mato Grosso tiveram a última vacinação contra a doença em 2019 e, no momento, estão cumprindo o prazo para reconhecimento de zona livre de febre aftosa sem vacinação pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE). O Rio Grande do Sul, que realizou a sua última vacinação em março deste ano, também está cumprindo prazo para o reconhecimento internacional de zona livre de febre aftosa sem vacinação. Desde 2007, o estado de Santa Catarina é reconhecido internacionalmente como livre de febre aftosa sem vacinação.

A segunda etapa de campanha de vacinação contra aftosa começa em novembro.