- Boi: mercado aguarda retomada das exportações à China
- Milho: indicador do Cepea tem leve baixa
- Soja: desvalorização do real traz forte alta
- Café: câmbio compensa queda em Nova York
- No exterior: bolsas seguem em queda nos EUA
- No Brasil: exterior negativo e incerteza política levam bolsa abaixo dos 114 mil pontos
Agenda:
Brasil: dados das lavouras do Rio Grande do Sul (Emater)
Brasil: IPCA de agosto (IBGE)
Brasil: atualização da estimativa para a safra de grãos 2020/21 (Conab)
Boi: mercado aguarda retomada das exportações à China
De acordo com a consultoria Safras & Mercado, a lentidão persiste no mercado físico do boi gordo após o feriado de 7 de setembro. Segundo o analista Fernando Iglesias, os grandes frigoríficos brasileiros estão ausentes das compras de gado e ainda aguardam a retomada das exportações de carne bovina para a China.
Na B3, por outro lado, as cotações dos contratos futuros do boi gordo tiveram mais um dia de alta volatilidade e a curva teve desvalorização. O ajuste do vencimento para setembro passou de R$ 306,60 para R$ 301,25, do outubro foi de R$ 308,35 para R$ 305,05 e do novembro foi de R$ 316,00 para R$ 313,45 por arroba.
Milho: indicador do Cepea tem leve baixa
O indicador do milho do Cepea, calculado com base nos preços praticados em Campinas (SP), teve um dia de preços levemente mais baixos. A cotação variou -0,19% em relação ao dia anterior e passou de R$ 92,5 para R$ 92,32 por saca. Portanto, no acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 17,38%. Em 12 meses, os preços alcançaram 57,44% de valorização.
Na bolsa brasileira, a B3, os contratos futuros do milho seguiram em recuperação, sendo que apenas o vencimento para janeiro teve uma ligeira queda. O ajuste do vencimento para setembro passou de R$ 92,02 para R$ 92,71, do novembro foi de R$ 92,24 para R$ 92,66 e do março de 2022 passou de R$ 94,18 para R$ 94,26 por saca.
Soja: desvalorização do real traz forte alta
O indicador da soja do Cepea, calculado com base nos preços praticados no porto de Paranaguá (PR), teve forte alta com a grande desvalorização do real frente ao dólar no dia. A cotação variou 1,74% em relação ao dia anterior e passou de R$ 169,07 para R$ 172,02 por saca. Desse modo, no acumulado do ano, o indicador teve uma alta de 11,77%. Em 12 meses, os preços alcançaram 27,26% de valorização.
Na bolsa de Chicago, as cotações dos contratos futuros da soja tiveram apenas uma leve alta, que ficou longe de compensar a queda observada no pregão do dia anterior, após o feriado do dia do trabalho. O vencimento para novembro subiu 0,19% na comparação diária e passou de US$ 12,77 para US$ 12,794 por bushel.
Café: câmbio compensa queda em Nova York
De acordo com a Safras & Mercado, as cotações do café no mercado brasileiro tiveram um dia de alta, com o câmbio compensando a queda em Nova York. No sul de Minas Gerais, o arábica bebida boa com 15% de catação passou de R$ 1.080/1.090 para R$ 1.085/1.095, enquanto que no cerrado mineiro, o bebida dura com 15% de catação ficou inalterado em R$ 1.090/1.100 por saca.
Na bolsa de Nova York, as cotações do café arábica tiveram um dia fraco e os preços voltaram ao patamar de US$ 1,90 por libra-peso, novamente sem terem conseguido se sustentar acima de US$ 2,0 por libra-peso. O vencimento para dezembro, o mais negociado atualmente, recuou 1,93% na comparação diária e passou de US$ 1,9395 para US$ 1,902 por libra-peso.
No exterior: bolsas seguem em queda nos EUA
O relatório JOLTs trouxe um novo recorde para o número de ofertas de trabalho com 10,934 milhões em julho, ante 10,185 milhões em junho, nos Estados Unidos. O cálculo do indicador inclui todas as vagas que estavam abertas no último dia útil do mês analisado. O resultado ficou bem acima do esperado pelos analistas de mercado, que projetavam 10 milhões.
A análise destes números somados aos últimos resultados de criação de vagas de emprego divulgados na semana passada mostram a dificuldade da economia norte-americana de preencher postos de trabalho. Em relação aos mercados, os três principais índices de ações dos Estados Unidos tiveram desvalorização.
No Brasil: exterior negativo e incerteza política levam bolsa abaixo dos 114 mil pontos
Com exterior negativo, falta de harmonia entre os poderes no Brasil e ameaça de paralisação entre caminhoneiros, o Ibovespa teve um dia de forte queda. O principal índice de ações da bolsa brasileira recuou 3,78% na comparação diária e ficou cotado aos 113.412 pontos. Enquanto isso, o dólar comercial subiu 2,89% e passou de R$ 5,177 para R$ 5,326.
De acordo com a Fundação Getulio Vargas (FGV), o IGP-DI passou de 1,45% em julho para -0,14% em agosto e ficou abaixo das expectativas, que projetavam alta de 0,05%. Com este resultado, o índice acumula variação positiva de 15,75% no ano e de 28,21% em 12 meses. A forte desaceleração do indicador foi causada sobretudo pela queda do preço do minério de ferro.