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Boi

Frigoríficos encontram dificuldade para comprar boi gordo e preço sobe

As cotações se valorizaram em 5 das 32 praças acompanhadas pela Scot Consultoria. Confira as principais notícias sobre dólar, mercado agropecuário e previsão do tempo para começar o dia bem informado

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Foto: Governo Federal

Os frigoríficos encontraram dificuldade para adquirir boiadas, o que fez os preços da arroba subirem em 5 das 32 regiões acompanhadas pela Scot Consultoria, nesta quinta, dia 29.

Em Três Lagoas (MS), a alta foi de R$ 1 na cotação a prazo, e mesmo com o consumo aquém do esperado, a oferta restrita de animais terminados não acompanhou o fluxo de reabastecimento dos estoques, colaborando para efetivação de negócios acima da referência.

A única queda foi no oeste de Santa Catarina, onde a média das escalas de abates estão confortáveis para a demanda atual, fato que abriu espaço para compras em valores abaixo da referência.

Em São Paulo, o boi gordo está estável e as programações de abate atendem, em média, seis dias. Com a diminuição da oferta de animais confinados, estão sendo ofertados lotes menores pela ponta vendedora.

No mercado atacadista de carne bovina, a referência ficou estável frente ao levantamento anterior. O boi casado de animais castrados está cotado, em média, em R$ 9,92 quilo.

Exportações

Segundo o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços, até a quarta semana de novembro de 2018, o Brasil exportou 107,9 mil toneladas de carne bovina in natura. O volume diário embarcado foi de 7,2 mil toneladas, alta de 24,6% na comparação anual e 16,4% frente à média de outubro de 2018.

Se este ritmo de embarque continuar, o país exportará 143,84 mil toneladas de carne bovina in natura no acumulado de novembro.

Apesar do mercado externo absorver, historicamente, cerca de 20% da produção de carne bovina, esta ainda é uma importante via de escoamento e o aumento da exportação do produto pode colaborar com a maior precificação da carne no mercado interno.

BOI GORDO NO MERCADO FÍSICO – ARROBA À VISTA

  • Araçatuba (SP): R$ 148
  • Triângulo Mineiro (MG): R$ 143
  • Goiânia (GO): R$ 136
  • Dourados (MS): R$ 144,50
  • Mato Grosso: R$ 129 a R$ 134
  • Marabá (PA): R$ 132
  • Rio Grande do Sul (oeste): R$ 4,85 (kg)
  • Paraná (noroeste): R$ 150,50
  • Sul (TO): R$ 134
  • Veja a cotação na sua região

Soja

Os contratos futuros da soja negociados na Bolsa de Chicago fecharam a quinta-feira com preços em baixa. Após subir mais de 3% nas últimas duas sessões, o mercado sucumbiu a um movimento de realização de lucros.

As atenções seguem voltadas para o encontro do G-20, que terá início nesta sexta, dia 30, na Argentina. O mercado trabalha com a possibilidade de China e Estados Unidos chegarem a um acordo comercial.

Os dois países, em uma tentativa de reduzir as tensões bilaterais, estão explorando um acordo comercial no qual Washington suspenderia tarifas adicionais até a primavera no hemisfério Norte – entre março e junho -, em troca de novas negociações focando em grandes mudanças na política econômica chinesa, segundo autoridades dos dois países. Ainda não está claro se as discussões resultarão em um pacto.

A correção nos preços na quinta também foi determinada pelas margens de esmagamento na China, negativas pela primeira vez desde o início de agosto. A menor demanda por farelo, decorrência dos casos de peste suína, determinaram a redução nas importações chinesas.

SOJA NA BOLSA DE CHICAGO (CBOT) – POR BUSHEL

  • Janeiro/2019: US$ 8,87 (-3,25 cents)
  • Março/2019: US$ 9,00 (-3,75 cents)

Brasil

O mercado interno teve um dia quase sem negócios e com preços pouco alterados. Chicago recuou e o dólar subiu, com os fatores se anulando e sem motivar os produtores, que focam na finalização do plantio.

SOJA NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG

  • Passo Fundo (RS): R$ 80,50
  • Cascavel (PR): R$ 76,50
  • Rondonópolis (MT): R$ 70
  • Dourados (MS): R$ 74
  • Porto de Paranaguá (PR): R$ 83
  • Porto de Rio Grande (RS): R$ 83
  • Confira mais cotações

Milho

O mercado brasileiro teve poucos negócios nesta quinta-feira. Segundo o analista de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, o fluxo de negócios seguiu de forma pontual, apenas para preencher uma outra necessidade mais urgente de compradores. “Movimentos iniciais para liberação de espaço acontecem em alguns estados, situação que pode alterar a dinâmica mercadológica”, diz.

MILHO NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG

Chicago

Preços estáveis na Bola de Chicago. O mercado oscilou ao longo do dia, entre dois movimentos opostos. Por um lado, os preços buscavam correção após os ganhos da quarta, de mais de 1%. Por outro, as boas vendas dos Estados Unidos atuavam como fator de alta.

As vendas líquidas norte-americanas de milho para a temporada comercial 2018/2019, que tem início no dia 1o de setembro, ficaram em 1,27 milhão de toneladas na semana encerrada em 22 de novembro. Representa uma alta de 44% frente a semana passada e é 70% superior a média das últimas quatro semanas.

MILHO NA BOLSA DE CHICAGO (CBOT) – POR BUSHEL

  • Dezembro/2018: US$ 3,73 (4,75 cent)
  • Março/2019: US$ 3,80 (4,75)

Café

O mercado brasileiro de café teve um dia de preços estáveis nesta quinta-feira. Os preços estão um tanto descolados do referencial externo, uma vez que os produtores estão mais capitalizados após o bom volume de vendas registrado desde o fim de setembro. Ao mesmo tempo, o comprador mostra-se bem abastecido para o curto prazo. Com isso, estão saindo apenas negócios pontuais, sendo a maioria deles envolvendo volumes pequenos, de no máximo duas mil sacas.

CAFÉ NO MERCADO FÍSICO – POR SACA DE 60 KG

  • Arábica/bebida boa – Sul de MG: R$ 445 a R$ 450
  • Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: R$ 450 a R$ 455
  • Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: R$ 370 a R$ 375
  • Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): R$ 325 a R$ 330
  • Confira mais cotações

 Nova York

O café arábica encerrou as operações desta quinta-feira com cotações em baixa, realizando lucros após os ganhos das últimas duas sessões. Segundo estimativas do Rabobank, amplas ofertas oriundas da América Central e de grãos com boa qualidade do Brasil devem impulsionar os estoques certificados da Ice Futures pelo terceiro ano consecutivo em 2018/2019.

CAFÉ ARÁBICA NA BOLSA DE NOVA YORK (ICE FUTURES US) – POR LIBRA-PESO

  • Março/2019: US$c 112,30 (-1,60 cent)

Londres

O robusta encerrou as operações da quinta-feira com preços em leve baixa, acompanhando a desvalorização do arábica em NY. De acordo com a Safras & Mercado, fundamentalmente, os contratos seguem sob pressão de baixa diante do avanço na safra do Vietnã, maior produtor mundial de café robusta.

CAFÉ ROBUSTA NA BOLSA DE LONDRES (LIFFE) – POR TONELADA

  • Janeiro/2019: US$ 1.609 (-US$ 6)
  • Março/2019: US$ 1.625 (-US$ 5)

Dólar e Ibovespa

A cotação da moeda norte-americana voltou a subir nesta quinta-feira, dia 29, mesmo com o leilão extraordinário realizado pelo Banco Central (BC). O dólar comercial fechou em alta de 0,43%, cotado a R$ 3,857 para venda após duas quedas seguidas causadas pelos leilões extraordinários do BC.

Nesta quarta, dia 28, a moeda fechou em queda de 0,93%. O leilão de quinta ofertou US$ 1,25 bilhão em venda futura, com a promessa de recompra, o chamado leilão de linha.

O Ibovespa, índice da B3, encerrou o pregão do dia em alta de 0,51%, com 89.709 pontos, mantendo o viés de subida também registrado no fechamento desta quarta, de 1,55%.

A B3 atingiu durante a sessão sua maior pontuação, com 89.909 pontos registrados à tarde. O recorde de fechamento do Ibovespa ocorreu em 5 de novembro passado, com 89.598 pontos.


PREVISÃO DO TEMPO PARA SEXTA-FEIRA, DIA 30

Sul

A região de baixa pressão ainda garante pancadas de forte intensidade no Sul. Desta vez, as pancadas mais fortes são localizadas entre o norte gaúcho e o sul do Paraná. São esperadas pancadas ao longo de todo o dia, com trovoadas e potencial para temporais.

Nas demais áreas do Sul, a nebulosidade predomina, e as pancadas acontecem a partir da tarde e sem extremos. As temperaturas aumentam gradualmente nos três estados da região.

Sudeste

As instabilidades avançam pelo Sudeste, com a influência dos ventos em altitude que transportam umidade da região norte para o centro do país. São esperadas pancadas de chuva a qualquer hora do dia em São Paulo, sul e oeste de Minas Gerais e Rio de Janeiro.

O tempo firme ainda predomina entre o Espírito Santo, centro, leste e norte de Minas Gerais. Isso garante mais uma tarde com temperaturas elevadas.

Nas áreas de chuva de São Paulo e metade sul mineira, o aumento da nebulosidade diminui as temperaturas da tarde em comparação com dias anteriores.

Centro-Oeste

Sexta-feira de muita instabilidade no Centro-Oeste. Os ventos em altitude mantêm as chuvas persistentes na região. Por isso chove forte na faixa leste de estados como Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, com chance de pancadas a qualquer hora do dia, com trovoadas e alto volume de água, com potencial para alagamentos.

Já em Goiás, as pancadas acontecem a partir da tarde e sem potencial para transtornos, por conta do baixo acumulado de água. O aumento da nebulosidade garante uma tarde com temperaturas um pouco menores em comparação com dias anteriores.

Nordeste

Dia de instabilidades tropicais se espalhando ainda mais pelo Nordeste. São esperadas pancadas de baixo volume de água entre Maranhão, Piauí e norte do Ceará, mais a costa leste. Já na região central, o tempo firme segue predominando.

Norte

Previsão de calor e tempo abafado em toda a região Norte. A combinação de temperaturas elevadas e umidade favorece a formação de nuvens carregadas em todos os estados, com risco de chuva mais forte no Pará.

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