Paste this at the end of the

tag in your AMP page, but only if missing and only once.

Frigoríficos reduzem abate e pressionam boi

Mesmo com oferta reduzida, preços da arroba seguem em quedaO menor consumo de carne bovina está fazendo os frigoríficos forçarem uma baixa nas cotações da arroba. E a tática tem dado certo. O preço segue caindo mesmo com a oferta reduzida. 

Fonte: Canal Rural

No norte de Mato Grosso, o preço da arroba do boi gordo caiu 2,2% na última semana. A oscilação vem desde o início de junho e a explicação pode estar mais no fim da cadeia. Com menos consumo, o açougue compra menos carne, o frigorífico também abate menos e força um ajuste dos preços, mesmo com a oferta abaixo do ideal.

– O grande pressionador que todo mundo vem falando é o nível de abate da indústria, está reduzindo cada vez mais. A indústria está trabalhando com férias coletivas, demissão em massa, uma capacidade ociosa muito maior do que a gente estava vendo – diz Renata Fernandes, analista de mercado.

Para Renata, outro motivo para a diminuição do abate foi a queda nas exportações. Elas recuaram 14% em maio em comparação com o mesmo mês do ano passado.

– Isso não estava na conta da indústria no início do ano, ela teve que ir se adequando. É um prejuízo muito forte pra indústria – aponta.

Alcides Torres, também analista de mercado, diz que a disputa por preços entre frigoríficos e pecuaristas ocorre porque houve diminuição de matrizes, a oferta segue em baixa e a reposição de animais ainda custa caro.

– O preço dos bovinos de reposição estão valendo dinheiro, bezerro, garrote ou boi magro, então eu retenho essas matrizes pra produzir esses animais que estão valorizados, e a hora que eu retenho essas matrizes eu diminuo a oferta de vacas que também iam pro abate. Então, eu tenho falta de bovinos e falta de matrizes pro abate, o que faz com que o preço suba – demonstra Torres.

Quem acompanha o mercado diz que é uma questão de tempo até que os preços voltem a subir. A estabilidade com pressão de queda, para junho e julho deve continuar. Mas, conforme Renata, com a retomada das exportações, a margem deve melhorar um pouco.

Já Torres indica que a tendência é de alta:

– Se a gente pegar as apostas na BM&F para outubro, novembro, dezembro, a gente tem números que variam de 4% a 6% de alta possível dentro do mercado, hoje. A expectativa é de alta, sim. Eu não vejo nada no mercado que faça com que esses preços caiam muito, além dessas sazonalidades, que são comuns no processo. Isso é para o segundo semestre e para o ano de 2016 inteiro.

Sair da versão mobile