O mercado físico de boi gordo teve preços predominantemente mais baixos na sexta-feira, dia 26. Enquanto alguns frigoríficos continuam testando o mercado, outros optaram por ficar fora da compra de gado, avaliando as melhores estratégias a serem adotadas no curto prazo.
A relutância dos pecuaristas em negociar nos atuais patamares evita preços ainda mais baixos. A boa condição das pastagens vem permitindo uma retenção dos animais prontos para o abate por mais algum tempo no campo.
Já o mercado atacadista operou com preços estáveis. Além da lentidão no escoamento, a concorrência contra outras proteínas animais segue acirrada e joga contra os preços da carne bovina, criando viés de baixa para os próximos dias.
De acordo com a Scot Consultoria, com a desvalorização da carne com osso, a margem de comercialização dos frigoríficos está no menor patamar registrado desde agosto de 2016. Segundo o indicador equivalente Scot Carcaça a margem de comercialização está em 8,8%.
O boi casado também tem recuado consecutivamente desde o início do ano, comercializado a R$ 9,54 o quilo, atingindo o menor preço desde 29 de novembro.
Promoções e concessões de preços estão cada vez mais comuns nas tabelas de carne, mas o estimulo não tem gerado o resultado esperado. Diante da situação controversa, a maioria das indústrias reduz as referências pagas pelo animais vivo. As indicações chegam a ser de R$ 2 a R$ 3 menores por arroba, segundo a consultoria XP Investimentos.