A série especial “Pecuária 4.0” continua. No segundo capítulo, você vai entender as razões para a intensificação do confinamento de gado bovino no Brasil e as vantagens deste sistema, que deve crescer 2,5% em 2024.
Isabella Vergili, coordenadora do boitel da Coplacana, destaca a importância do confinamento no Brasil, apontando que o semi-intensivo é o método mais adotado atualmente. O número de bovinos brasileiros confinados deve superar 7,3 milhões em 2024, um aumento de 2,5% de acordo com o Censo de Confinamento. O estudo mapeou 2600 propriedades, das quais cerca de 100 detêm 50% do rebanho confinado no país.
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Walter Patrizi, gerente de confinamento da DSM, comenta sobre a importância do confinamento em épocas de estiagem e a evolução das pastagens. Os confinamentos brasileiros ganharam força nas últimas três décadas, permitindo um uso mais racional dos recursos e maior bem-estar animal.
No interior paulista, a Coplacana mantém um boitel desde 2009 com capacidade para duas mil cabeças de gado, ajudando na rentabilidade dos cooperados, especialmente nos períodos de estiagem. Camila Bortoloto, gerente de negócios pecuária da Coplacana, ressalta a sinergia entre pecuária e agricultura.
O censo indica que São Paulo ficará atrás apenas do Mato Grosso no número de bovinos confinados em 2024, com o estado do Centro-Oeste ultrapassando a marca de 1,5 milhão de animais no sistema intensivo da pecuária. A Fazenda Santa Maria, em Itiquira, é referência em confinamento, abatendo cerca de nove mil animais anualmente, destacando-se pela assistência técnica e aplicação de alta tecnologia, segundo Evaldo Ferreira Pontes, gestor de pecuária.
Esses investimentos garantem resultados positivos mesmo com a oscilação da arroba do boi gordo. Evaldo destaca que, com a tecnologia aplicada, é possível alcançar lucro mesmo em períodos de instabilidade.