A JBS e a Marfrig Global Foods decidiram fechar temporariamente mais unidades de abates de bovinos em meio à menor disponibilidade de bois no mercado doméstico, que tem resultado no aumento da ociosidade das plantas industriais.
A JBS paralisou, na quarta, dia 15, sua fábrica em Rolim de Moura (RO), enquanto a Marfrig suspenderá operações em Paranaíba (MS) a partir deste sábado, dia 18.
Em comunicado, a Marfrig informa que “avaliará a retomada das atividades tão logo as condições mercadológicas sejam restabelecidas”. Já a JBS afirma que o fechamento da unidade não reduzirá os abates em Rondônia, considerando que outras plantas em atividade reduzirão a capacidade ociosa para atender à demanda. No estado, a JBS mantém outras quatro fábricas funcionando, localizadas nos municípios de Pimenta Bueno, São Miguel do Guaporé, Porto Velho e Vilhena, com 3,1 mil funcionários.
A JBS informou, ainda, que a suspensão da unidade de Rolim de Moura afetará 450 trabalhadores, que terão a possibilidade de serem transferidos para outras fábricas no Estado ou no País. Em nota, a Marfrig não informou o número de funcionários prejudicados pela decisão.
Desde maio, a JBS já paralisou abates em outras quatro unidades, localizadas em Cuiabá, São José dos Quatro Marcos (MT), Matupá (MT) e Ariquemes (RO). A empresa também concedeu férias coletivas a trabalhadores de Nova Andradina (MS) em 8 de junho. Durante evento em Porto Alegre nesta quarta, dia 15, o presidente da JBS Mercosul, Miguel Gularte, afirmou que não há previsão de fechamento de novas fábricas por causa da baixa disponibilidade de matéria-prima. Segundo o executivo, a JBS já adequou sua capacidade instalada para a oferta de gado disponível.
A Marfrig, por sua vez, paralisou sua unidade em Rio Verde (GO) em janeiro e, em junho, anunciou que transformará uma de suas fábricas em Promissão (SP) em um centro de armazenagem e distribuição.