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Marfrig compra empresa americana de carne bovina; veja o impacto para o Brasil

Com a aquisição, a companhia se tornará a segunda maior processadora do setor no mundo e terá acesso aos mercados japonês e sul-coreano

Fonte: MPT-RS/Divulgação

A Marfrig Global Foods, uma das maiores companhias de proteína animal do mundo, anunciou nesta segunda, dia 9, que chegou a um acordo para a aquisição de 51% das ações da National Beef Packing Company, quarta maior processadora de carne bovina dos Estados Unidos. A empresa brasileira pagará US$ 969 milhões pela participação e, concluída a transação, passará a ser a segunda maior processadora de carne bovina do mundo.  

Fundada em 1992, a National Beef faturou R$ 24,3 bilhões no ano passado e é, desde 2011, controlada pela holding de investimentos americana Leucadia National Corporation, que, à época, passou a deter 79% de participação. A empresa tem capacidade de abate de 12 mil cabeças ao dia, é sediada em Kansas City, no estado do Missouri, e possui duas unidades de processamento em Dodge City e Liberal, no Kansas, que respondem por cerca de 13% da capacidade total de abate do mercado americano.

Após a conclusão da operação, a Leucadia transferirá o controle acionário para a Marfrig e se manterá como acionista minoritário da empresa, com uma fatia de 31% do capital total. A US Premium Beef, associação de produtores americanos, ficará com 15% e outros acionistas com os 3% restantes.

Em nota oficial, a empresa destaca que a compra dá acesso a países como Japão e Coreia do Sul, mercados atualmente fechados às exportações de carne brasileira. “Com a transação, teremos operações nos dois maiores mercados de carne bovina do mundo, chegaremos a países consumidores extremamente sofisticados e conseguimos crescer mantendo uma rigorosa disciplina financeira”, afirma Martín Secco, CEO da Marfrig.

Impacto no mercado brasileiro

O analista da Scot Consultoria Alex Lopes explica que os ganhos, neste momento, serão apenas corporativos, sem impacto para o pecuarista, já que a Marfrig terá acessos aos mercados asiáticos apenas através da operação nos Estados Unidos. Segundo ele, isso é um avanço, mas para a liberação das exportações da empresa via Brasil seria preciso negociar com esses países e atender preceitos sanitários.  
 

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