A margem de comercialização dos frigoríficos, diferença entre a receita total no mercado interno e o preço pago pelo boi gordo, alcançou o pior patamar do ano, 14,1%.
Considerando que, no curto prazo, a matéria-prima deve seguir escassa e “cara”, e o escoamento não deve sofrer nenhum estímulo, não há nada que aponte para uma recuperação.
Os preços da carne bovina sem osso vendida pelos frigoríficos, em doze meses, foram apenas corrigidos pela inflação. Praticamente, não houve valorização real, segundo dados da Scot Consultoria.
Na média de todos os cortes pesquisados, as cotações subiram 11%, contra um IPCA ao redor de 10,5%. Os dados para março de 2016 vêm do índice projetado pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (Anbima), já que o oficial ainda não foi divulgado.
A carne de traseiro, por exemplo, não teve força para acompanhar a inflação, subindo 10,2% no período.
Analisando intervalos mais curtos, o cenário é pior. Em 30 dias, o produto teve desvalorização de quase 2% e, em uma semana, de 0,5%.