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Mercado do boi gordo restringe ainda mais oferta

Na média geral, as indústrias têm negociado a carne por preços 3,4% superiores aos de doze meses atrás

Fonte: Reprodução/Canal Rural

O mercado do boi gordo está estável em São Paulo, mas a oferta de animais terminados, apesar de melhor do que no início deste ano, vem diminuindo nos últimos dias. De acordo com a Scot Consultoria, os frigoríficos paulistas têm encontrado maior dificuldade em comprar animais e alongar as escalas, que atendem entre três e quatro dias.

As recentes quedas dos preços da carne com osso no atacado, devido ao baixo escoamento da produção, têm deixado as margens de comercialização das indústrias estreitas. Conforme os analistas, este pode ser um fator limitante para altas nos preços da arroba do boi gordo em curto prazo.

Indústrias

O preço da carne sem osso vendida pelos frigoríficos se aproxima, cada vez mais, das cotações observadas em maio de 2015. “Algo inédito no mercado”, relata a Scot. 

“Os custos subiram, o salário aumentou, a inflação está maior e os preços nominais de 2016 são quase os mesmos de 2015. Há, inclusive, cortes que ficaram mais baratos”, aponta a consultoria, em nota.

Na média geral, as indústrias têm negociado a carne por preços 3,4% superiores aos de doze meses atrás. Isso mantém a pressão sobre o resultado das indústrias, que é pior do que o registrado no último ano, quando dezenas de plantas interromperam suas operações.

A consultoria alerta que, mesmo que não haja boi e que a oferta determine um viés altista para o mercado, o poder de compra reduzido dos frigoríficos limita as possibilidades de reajuste para a arroba do boi gordo.

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