Mercado do boi gordo segue em baixa na semana

No acumulado parcial do mês, o animal subiu 1,04% fechando a R$ 144,14 na quarta

Fonte: Divulgação/Pixabay

A oferta de boi gordo continua baixa, mas a demanda também está moderada, sobretudo porque alguns frigoríficos, principalmente de grande porte, têm preenchido parte das escalas com animais contratados antecipadamente, segundo o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

O levantamento da Scot Consultoria também mostra que as vendas de carne não sinalizam melhora para esta semana, cenário justificado pelo período do mês e pelas expectativas em relação à situação econômica do país.

A oferta de animais terminados mantém o mercado firme, já que os animais de pasto estão escassos e o volume de boiadas de confinamento não está suficiente para gerar uma pressão baixista.

Segundo a Scot, com menor necessidade de compra, os compradores iniciaram a quarta, dia 23, demandando menor volume de animais e evitando pagar preços maiores pela arroba.

Preço

Os preços registram pequenas oscilações diárias. No acumulado parcial do mês, o Indicador do boi gordo Esalq/MB&FBovespa subiu 1,04% fechando a R$ 144,14 na quarta, dia 23. Quanto à relação de troca de arrobas de boi por bezerro, nos últimos três anos, mostra mudança de patamar a partir de abril de 2014.

De acordo com o Cepea, o poder de compra do pecuarista de engorda diminuiu cerca de 15%, devido à valorização do bezerro superior à do boi gordo. Enquanto que em março de 2014 a venda de um animal de 16,5 arrobas possibilitava a compra de 2,1 bezerros em Mato Grosso do Sul e de 2,2 bezerros em São Paulo, em setembro de 2015 – um ano e meio depois –, a relação está em torno de 1,8 bezerro, tanto em São Paulo como em MS. Essa diferença representa perda de 15% para pecuaristas de engorda de MS e de 18% para os de SP, considerando-se venda e compra no mesmo estado.