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Diversos

Mercado do boi: valor da arroba e da carne recuam diante do cenário incerto

Segundo a Safras & Mercado, diante das câmaras frias lotadas, os preços da carne bovina começam a ceder no mercado interno

O mercado físico de boi gordo registrou preços mais baixos nesta terça-feira. Segundo o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, os frigoríficos seguem exercendo pressão nos criadores dentro de um ambiente no qual os pecuaristas não têm condições em reter os animais nos confinamentos.

“Os custos da nutrição animal estão nas alturas. Ao mesmo temo, o manejo está dificultado com o aumento da intensidade e da abrangência das chuvas no Centro-Norte do país. Com isso, o movimento de pressão de queda na arroba do boi tende a se prolongar enquanto não houver uma retomada das compras de carne bovina por parte da China”, assinalou.

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, desmentiu que cargas de carne bovina brasileira tiveram sua entrada autorizada pela alfândega chinesa. “Assim, o mercado permanece nebuloso, envolto de boatos. O fato é que a ausência da China no mercado brasileiro segue gerando pressão, e a cada dia o quadro se torna pior”, completou.

Com isso, em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 262 na modalidade à prazo, ante R$ 264 a arroba na terça-feira. Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 243, contra R$ 245. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 263, ante R$ 265. Em Cuiabá, o valor foi de R$ 246, contra R$ 250. Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 25, estáveis.

Atacado

Os preços da carne bovina voltaram a cair nesta quarta-feira. As quedas são mais pronunciadas nos cortes dianteiro e na ponta de agulha. Segundo Iglesias, os frigoríficos ainda se deparam com câmaras frias lotadas, aguardando uma posição por parte da China. “A demora causa incômodo, uma vez que a manutenção desses estoques representa relevante custo adicional. Logo, mesmo durante a primeira quinzena do mês de novembro, haverá pouco espaço para alta nos preços da carne”.

O quarto dianteiro foi precificado a R$ 13,30 por quilo, queda de R$ 0,20. A ponta de agulha foi precificada a R$ 13 por quilo, queda de R$ 0,25. Já o quarto traseiro seguiu no patamar de R$ 20,50, por quilo.

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