Mercado de reposição em Mato Grosso tem queda nos preços

Dados do Imea apontam que entre julho e agosto de 2015 houve desvalorização nos preços do bezerro de ano (7,1%) e do boi magro (6,6%)

Fonte: Divulgação/Pixabay

O menor número de negociações no mercado de reposição em Mato Grosso fez com que os preços caíssem, mas o patamar ainda se manteve alto. Segundo levantamento do Instituto Mato Grossense de Economia Agropecuária (Imea) entre julho e agosto de 2015 houve desvalorização nos preços do bezerro de ano (7,1%) e do boi magro (6,6%), cotados a R$ 1.210,03/cab e R$ 1657,24/cab, respectivamente.

Foram recorrentes comentários sobre o menor volume de negociações nas últimas semanas. As razões mencionadas para essa diminuição variam, indo desde o desacordo entre os preços de compra e venda até a falta de forragem de qualidade para engorda. Segundo o Imea, em uma análise mais ampla, a relação de crescimento entre a quantidade de animais abatidos e o rebanho total nos últimos dez anos é interessante, 46,4% e 9,5%, respectivamente, o que implica uma taxa de desfrute maior, animais sendo abatidos mais cedo, movimentando cada vez mais esse elo tão importante da cadeia ao longo dos anos.

Alta do dólar

De acordo com os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), em agosto de 2015 as exportações de carne bovina mato-grossense recuaram 1,98 mil toneladas de equivalente carcaça. Foram 24,2 mil toneladas embarcadas, número 9,56% menor que o do último mês. Esse total exportado representou US$ 88,5 milhões. Mesmo com a redução, esse volume foi o quarto maior do ano e cerca de 6% acima da média de 2015.

OImea aponta que essa redução no volume embarcado se deve à diminuição da demanda por parte de importantes compradores. A maior queda foi da Venezuela (49,4%), além de China e Irã, que diminuíam 36,3% e 14,7%, respectivamente. Porém, esse volume rendeu R$ 310,6 milhões, a terceira maior receita em reais dos últimos 15 anos. Ou seja, mesmo com essa redução no volume, a valorização do dólar frente ao real nos últimos 12 meses (mais de 54%) vem rendendo à indústria boas receitas nas exportações de carne bovina em moeda local.