- Boi: arroba estabiliza após romper os R$ 300
- Milho: preços voltam a perder força no Brasil
- Soja: saca tem novas quedas seguindo Chicago e câmbio
- Café: arábica recua mas se mantém em patamar elevado
- No exterior: diminuição do risco especulativo segue favorecendo bolsas globais
- No Brasil: produção industrial sobe acima do projetado em dezembro
Agenda:
- Brasil: fluxo cambial semanal (Banco Central)
- Brasil: IPC-Fipe de janeiro (Fipe)
- EUA: estoques de petróleo (DoE)
Boi: arroba estabiliza após romper os R$ 300
A arroba do boi gordo calculada pelo Cepea ficou praticamente estável após romper os R$ 300. A cotação subiu 0,02% e passou de R$ 301 para R$ 301,05. Dessa forma, no acumulado do ano, os preços alcançaram uma alta de 12,69%. O mercado tem apresentado períodos curtos de estabilidade após altas firmes para testar a demanda interna por carne bovina.
A expectativa de extensão do auxílio emergencial ou criação de um novo programa social que aumente a cobertura do Bolsa Família pode ter efeito positivo nos preços do boi gordo nos próximos meses. Atualmente, a demanda do mercado interno por carne bovina parece estar perto do limite de capacidade de absorção da valorização das cotações.
Milho: preços voltam a perder força no Brasil
Os preços do milho no mercado brasileiro, que haviam ensaiado uma pequena recuperação entre o fim da semana passada e o início desta, voltaram a perder força. O indicador do Cepea recuou 1,1% e passou de R$ 83,95 para R$ 83,03 por saca. Foi o menor patamar alcançado pela cotação em pelo menos 20 dias.
No mercado futuro, os contratos de milho negociados na B3 também tiveram quedas. O vencimento para março passou de R$ 88,17 para R$ 87 por saca e do maio foi de R$ 85,18 para R$ 84,66 por saca.
Soja: saca tem novas quedas seguindo Chicago e câmbio
A consultoria Safras & Mercado voltou a reportar preços mais baixos da soja no mercado brasileiro. As cotações seguiram o movimento de queda observado para a oleaginosa negociada em Chicago e a desvalorização do dólar em relação ao real. A colheita segue lenta com as chuvas atrapalhando o avanço em algumas regiões. E dessa forma, os produtores se afastam dos negócios.
Em Passo Fundo (RS), a saca caiu de R$ 166 para R$ 163. No porto de Paranaguá (PR), recuou de R$ 166 para R$ 165. Em Rondonópolis (MT), baixou de R$ 155 para R$ 153. Em Chicago, o bushel da soja passou de US$ 13,652 para US$ 13,546.
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Café: arábica recua mas sem mantém em patamar elevado
O indicador do café arábica recuou seguindo os movimentos do câmbio e das cotações em Nova York. Porém, a queda foi pequena em comparação com os avanços dos últimos dias e manteve os preços em patamar elevado. A saca passou de R$ 672,19 para R$ 669,7, uma baixa de 0,37% na passagem do dia. Esse ainda é o segundo valor mais alto da série histórica.
Em Nova York, o contrato para março baixou de US$ 1,2535 para US$ 1,234 por libra-peso. O mercado passou por uma correção técnica após os ganhos da segunda-feira e ficou pressionado pela perspectiva de fortes exportações brasileiras.
No exterior: diminuição do risco especulativo segue favorecendo bolsas globais
A diminuição do risco especulativo causado por investidores individuais, que decidiram apostar contra grandes fundos, segue favorecendo as bolsas globais. O movimento coordenado de compras de ações preocupou o mundo e alavancou as medidas de risco dos índices norte-americanos. Com as restrições impostas por corretoras importantes para este tipo de negociação, a aversão ao risco tem diminuído nesta semana.
Na Europa, o cenário político ganhou destaque na agenda com as notícias de que o ex-presidente do Banco Central Europeu Mario Draghi poderia formar um governo de união na Itália.
Nos Estados Unidos, os investidores voltam a focar em discussões políticas sobre novos estímulos econômicos. O presidente Joe Biden prometeu um acordo de US$ 1,9 bilhão, mas encontra resistência de senadores republicanos que querem um valor menor que pressione de maneira mais forte a dívida do país.
No Brasil: produção industrial sobe acima do projetado em dezembro
A produção industrial, calculada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), avançou além do projetado em dezembro, subiu 0,9% na comparação mensal e 8,2% na comparação anual. Ainda assim, o setor não conseguiu recuperar totalmente os efeitos negativos da pandemia e o resultado fechado de 2020 foi uma queda de 4,5%.
O IBGE pontuou que a indústria ainda se encontra 13,2% abaixo do seu patamar recorde, alcançado em maio de 2011. O avanço mensal da atividade industrial alcançou 17 dos 26 ramos pesquisados e três das quatro grandes categorias econômicas levantadas. As atividades que tiveram destaque positivo foram a Metalurgia, os Veículos automotores, reboques e carrocerias e as Indústrias extrativas.