Negócios para o boi seguem lentos e preço registra queda

Indústria reduz compras para preservar margens de comercialização

Fonte: Henrique Bighetti/Canal Rural

O ritmo de negócios de boi gordo continua lento no mercado nacional. Segundo pesquisadores do Cepea, a entrada e saída de operadores (necessidade imediata de compra ou venda) é que têm feito com que as médias diárias oscilem. 

A Scot Consultoria aponta que a pressão de baixa é em função das vendas de carne, que estão retraídas. Os preços da carne bovina perderam força diante da dificuldade de escoamento da produção, depois de quatro semanas de firmeza. Caso a movimentação não reaja até o final da semana, recuos de preços não estão descartados pelos analistas.

Este cenário força a indústria a reduzir as ofertas de compra, na tentativa de preservar as margens de comercialização. No entanto, a oferta de bovinos prontos para o abate não é abundante e há resistência do produtor em vender a preços mais baixos.

Nessa quarta, dia 15, o Indicador ESALQ/BM&FBovespa (estado de São Paulo) fechou a R$ 140,87, recuo de 1,56% em relação à quarta anterior. No atacado da Grande São Paulo, houve queda de preços para a maioria dos cortes nos últimos sete dias. O preço da carcaça casada de boi caiu 1,46%, com o quilo cotado a R$ 9,46 ontem.