- Boi: indicador do Cepea renova recorde e encosta em R$ 280 por arroba
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Milho: mercado apreensivo com clima e cotações firmes
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Soja: futuros em Chicago chegam ao maior valor em mais de 4 anos
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Café: exterior tem alta expressiva, mas câmbio segura preços no Brasil
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No Exterior: mercados seguem de olho em eleição e cautela retorna
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No Brasil: inflação é destaque da agenda econômica
Agenda:
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Brasil: IGP-DI de outubro (FGV)
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Brasil: IPCA de outubro (IBGE)
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Brasil: exportação, vendas e produção de máquinas agrícolas de outubro (Anfavea)
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EUA: criação de vagas de trabalho
Boi: indicador do Cepea renova recorde e encosta em R$ 280 por arroba
O indicador do Cepea do boi gordo passou de R$ 277,65 para R$ 279,90, uma valorização diária de 0,81% e renovou seu recorde histórico. Dessa forma, a alta acumulada no ano chegou a 35,25%. Na B3, apenas os contratos para novembro e dezembro tiveram mudanças no ajuste na comparação com o dia anterior e subiram em média 0,38%.
A Scot Consultoria registrou elevação de R$ 3 por arroba nas praças paulistas considerando o preço bruto e à vista que chegou a R$ 278 por arroba. As cotações das boiadas que atendem os critérios do mercado externo ficaram firmes em R$ 280 por arroba, segundo a consultoria.
Milho: mercado apreensivo com clima e cotações firmes
De acordo com o consultor da Safras & Mercado, Paulo Molinari, o mercado brasileiro de milho manteve cotações firmes com foco nas condições climáticas para a safra de verão e observando falta de umidade em importantes regiões. Molinari já vê perdas fortes no Rio Grande do Sul e Santa Catarina nas lavouras em fase de pendoamento. Dessa maneira, a estratégia de retenção da oferta fica sustentada.
Apesar de mais um dia de queda expressiva do dólar, os contratos futuros do milho na B3 tiveram ajustes positivos em relação ao dia anterior. Por outro lado, o indicador do Cepea teve um leve recuo e passou de R$ 81,41 para R$ 81,27 por saca.
Soja: futuros em Chicago chegam ao maior valor em mais de 4 anos
Os contratos futuros da soja na Bolsa de Chicago chegaram ao maior patamar desde julho de 2016 rompendo a barreira dos US$ 11 por bushel. A questão climática com seca na América do Sul, a boa demanda pela oleaginosa norte-americana e o cenário favorável dos mercados financeiros impulsionaram as cotações. As exportações semanais americanas vieram perto das expectativas máximas dos investidores.
No Brasil, o movimento de alta no exterior foi capaz de compensar a forte queda do dólar, que em dois dias já acumula baixa de 3,8%, e os preços ficaram firmes. Os negócios seguem travados e a demanda localizada da indústria.
Café: exterior tem alta expressiva, mas câmbio segura preços no Brasil
As cotações do café no mercado externo, tanto na Bolsa de Nova York para arábica quanto na Bolsa de Londres para o robusta, tiveram um dia de alta expressiva. Porém, no Brasil, o forte recuo do câmbio segurou os preços que ficaram pouco alterados, de acordo com o levantamento diário da consultoria Safras & Mercado. A consultoria reportou ainda um dia de mais movimentação no mercado.
No Exterior: mercados seguem de olho em eleição e cautela retorna
Os mercados globais seguem acompanhando a indefinição das eleições americanas. Apesar de o cenário já estar praticamente certo para o candidato democrata, a judicialização e recontagem em alguns estados pode atrasar ainda mais a divulgação oficial do resultado. Nos últimos dias, as bolsas tiveram grandes valorizações, porém, abriram esta sexta-feira, 6, com sentimento de cautela retornando e reavaliação do risco.
Ontem, o Banco Central norte-americano afirmou estar preparado para ajustar a política monetária conforme a situação econômica evolua de maneira desfavorável em virtude do avanço da pandemia.
No Brasil: inflação é destaque da agenda econômica
Hoje, a Fundação Getulio Vargas (FGV) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgam o IGP-DI e o IPCA de outubro, respectivamente. Os investidores seguem em busca de sinais da inflação de alimentos contaminando outros produtos para atualizar suas projeções para taxa de juros, câmbio e inflação para os próximos meses.
Com o risco fiscal elevado e o aumento dos preços das commodities agrícolas, uma grande parte do mercado passou a apostar em elevação dos juros no curto prazo. Na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), apesar de o Banco Central reconhecer o risco fiscal, os diretores não indicaram que a alta de juros esteja no horizonte próximo.