- Arroba do Boi China chega a R$ 260 em São Paulo, diz Agrifatto
- Saca de milho supera R$ 63 pela primeira vez no indicador do Cepea
- Cotação da soja volta a ficar abaixo de US$ 10 em Chicago
- No Exterior: mercados recuam após primeiro debate presidencial nos EUA
- No Brasil: investidores ainda monitoram situação fiscal com novo programa de renda
Agenda:
- Brasil: taxa de desemprego de agosto (PNAD Contínua)
- Brasil: criação de vagas formais de trabalho em agosto (Caged)
- EUA: empregos no setor privado de setembro (ADP)
Arroba do Boi China chega a R$ 260 em São Paulo, diz Agrifatto
A Agrifatto registrou uma terça-feira, 29, positiva no mercado spot de boi gordo, com uma nova máxima histórica alcançada. De acordo com a consultoria, as cotações das boiadas voltadas à exportação (Boi China) estão na faixa de R$ 260 por arroba. Para o mercado interno, os preços estão em R$ 255.
Nas praças paulistas, as programações de abate estão ao redor de seis dias úteis em média. A consultoria aponta que o cenário segue de preços firmes e com pressão de alta aumentando no curtíssimo prazo em virtude da virada de mês.
Na B3, os contratos futuros tiveram comportamento misto. Enquanto os mais curtos, setembro e outubro, tiveram ligeiro avanço, os mais longos, como novembro e dezembro, recuaram. O vencimento para dezembro voltou a se afastar de R$ 260 e ficou abaixo do contrato para novembro.
Saca de milho supera R$ 63 pela primeira vez no indicador do Cepea
A saca de milho superou R$ 63 pela primeira vez na série histórica do indicador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). A cotação passou de R$ 62,42 para R$ 63,28 e engatou a oitava alta diária consecutiva. Desde a mínima no dia 9 de setembro, o indicador já avançou 8,8%.
De acordo com o consultor da Safras & Mercado Paulo Molinari, o mercado segue difícil para a compra de milho. As ofertas estão limitadas, enquanto a demanda segue firme em movimento conjunto que sustenta as cotações.
Cotação da soja volta a ficar abaixo de US$ 10 em Chicago
Após 15 dias operando acima de US$ 10 por bushel, a cotação da soja em Chicago voltou a se situar abaixo deste patamar, sentindo falta de compras chinesas. Entre a segunda quinzena de agosto e a primeira quinzena de setembro, os contratos futuros tiveram um rally de alta de quase US$ 2 por bushel, impulsionados pela demanda chinesa.
No Brasil, o mercado segue travado pela pouca disponibilidade da oleaginosa. Com a sustentação do dólar acima de R$ 5,60, os preços ficam entre estáveis e mais altos, compensando as quedas em Chicago.
No Exterior: mercados recuam após primeiro debate presidencial nos EUA
Os mercados globais recuam após o primeiro debate presidencial nos Estados Unidos. A avaliação geral é que o debate apenas confirmou o cenário de polarização entre republicanos e democratas. Com um debate marcado por agressões e interrupções, é mais difícil que os eleitores indecisos sejam afetados de maneira relevante. Também segue no radar o aumento de casos de coronavírus na Europa e em Nova York, um dos primeiros lugares nos EUA a apresentar onda de contaminações.
No Brasil: investidores ainda monitoram situação fiscal com novo programa de renda
Os investidores seguem monitorando a situação fiscal no Brasil com muita cautela após a proposta de um novo programa de transferência de renda do governo federal. O mercado espera uma solução melhor que a proposta de adiar o pagamento de precatórios. Apesar da estabilidade no dólar, o mercado de juros e a bolsa seguiram pressionados.
Na agenda econômica, destaque para dados do mercado de trabalho com o Caged e a Pnad Contínua de agosto. A expectativa é que haja saldo positivo na criação de postos formais de trabalho. Porém, a taxa de desemprego ainda deve seguir em patamares muito elevados.