- Boi: contrato para dezembro volta a ficar acima de R$ 290 por arroba
- Milho: futuros se recuperam após três dias de baixas e retomam nível de R$ 80 por saca
- Soja: saca tem alta expressiva e vai a R$ 186 em Rio Verde (GO)
- Café: preço sobe no Brasil seguindo câmbio e Nova York
- No exterior: incerteza com resultado eleitoral pode pesar nos mercados
- No Brasil: balança comercial tem segundo melhor outubro da série
Agenda:
- Brasil: produção industrial de setembro (IBGE)
- EUA: balança comercial de setembro
- EUA: estoques semanais de petróleo
Boi: contrato para dezembro volta a ficar acima de R$ 290 por arroba
Os contratos futuros do boi gordo na B3 tiveram mais um dia de alta nesta terça-feira, 3, e o vencimento para dezembro voltou a ficar acima de R$ 290 por arroba. Desde o último dia 21 de outubro isso não ocorria. O contrato para novembro, o mais líquido atualmente, passou de R$ 285,05 para R$ 288,95 e o para dezembro de R$ 288,85 para R$ 292,30. Dessa forma, os dois vencimentos renovaram seus recordes históricos.
De acordo com dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o volume total exportado de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada ficou em 162,6 mil toneladas em outubro. Foi o terceiro melhor resultado do ano. Porém, considerando a média diária de embarques por dia útil, o volume de 8,1 mil toneladas foi o maior da história.
Milho: futuros se recuperam após três dias de baixas e retomam nível de R$ 80 por saca
Os contratos futuros de milho na B3 se recuperaram das quedas dos últimos três pregões e retomaram o nível de R$ 80 por saca. O vencimento novembro passou de R$ 79,63 para R$ 81,57. Por outro lado, o indicador do milho do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), com base nos preços em Campinas (SP), seguiu refletindo as baixas dos dias anteriores nos futuros e recuou 1,4% de R$ 81,89 para R$ 80,77 por saca.
Soja: saca tem alta expressiva e vai a R$ 186 em Rio Verde (GO)
De acordo com a Safras & Mercado, o mercado de soja segue travado e praticamente sem negócios. Os preços são regionalizados e nominais. Ainda assim, a alta do dólar e dos contratos futuros em Chicago elevou as indicações no Brasil e tem causado algumas distorções, em virtude da falta do produto no país, segundo a consultoria. Como exemplo, a necessidade dos compradores fez a soja saltar de R$ 180 para R$ 186 em Rio Verde (GO).
As exportações de soja totalizaram 2,49 milhões de toneladas em outubro e foram 50,9% menores do que o registrado no mesmo período do ano passado. Na comparação com setembro deste ano, o volume foi 44,2% menor.
Café: preço sobe no Brasil seguindo câmbio e Nova York
O mercado físico brasileiro de café registrou preços firmes e ligeiramente mais altos, segundo a Safras & Mercado. As cotações foram impactadas positivamente pelas altas do dólar e do arábica na Bolsa de Nova York.
No sul de Minas Gerais, o arábica bebida boa com 15% de catação terminou o dia em R$ 535/540 a saca, contra R$ 530/535 de sexta-feira. No cerrado mineiro, o arábica bebida dura com 15% de catação ficou em R$ 540/545 a saca, no comparativo com R$ 535/540 anteriormente.
No exterior: incerteza com resultado eleitoral pode pesar nos mercados
Um resultado apertado e passível de judicialização era talvez o único cenário de risco para o desempenho dos mercados em virtude da incerteza, que ganha ainda mais peso em um contexto de pandemia global. Com votos ainda a serem contados, sobretudo os que foram enviados por correios, pode não ser possível declarar um vencedor oficial nesta semana.
Com os resultados apurados até agora, o desempenho do atual presidente, Donald Trump, é muito superior aos projetados pelas pesquisas. Ainda assim, não é possível conceder a vitória a Trump de maneira matemática. Com incerteza elevada, o risco aumenta e os mercados tendem a apresentar excessiva volatilidade.
No Brasil: balança comercial tem segundo melhor outubro da série
A diminuição das importações em virtude da pandemia causada pelo novo coronavírus e o crescimento das exportações levaram a balança comercial brasileira a apresentar o segundo melhor saldo positivo para meses de outubro dentro da série história. No mês passado, o país exportou US$ 5,47 bilhões a mais do que importou. Esse resultado só não é maior para o mês que o registrado em 2018. As commodities agrícolas seguem como grande destaque.