- Boi: encerramento da primeira quinzena do mês gera ajuste negativo na arroba em São Paulo
- Milho: preços voltam ao patamar de R$ 59 a saca
- Soja: cotação supera os US$ 10 por bushel, maior valor em mais de dois anos, em Chicago
- No exterior: retomada de testes de vacina de Oxford gera otimismo
- No Brasil: mercado espera taxa Selic estável em 2% ao ano na reunião desta semana
Agenda:
- Brasil: boletim focus
- Brasil: IBC-Br de julho (Bacen)
- Brasil: balança comercial da segunda semana de setembro
- EUA: condições das lavouras norte-americanas (USDA)
Ajuste nos preços do boi gordo
O encerramento da primeira quinzena do mês, período sazonal em que a demanda interna costuma arrefecer, gera ajustes negativos da arroba em São Paulo, ainda que pequenos. O indicador do boi gordo do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) caiu 0,73% após dez dias consecutivos de alta, fechando em R$ 245,65. Na B3, os contratos futuros também passaram por ajustes negativos. O vencimento outubro recuou 0,63%, para R$ 245,15.
Por outro lado, no mercado físico do restante do país, a Scot Consultoria registrou altas em 19 das 32 praças pesquisadas. O destaque dos avanços ficou para Mato Grosso. Na região de Cuiabá, o preço subiu R$ 5 na comparação diária e ficou em R$ 235 a arroba, bruto e a prazo.
Milho: preços voltam ao patamar de R$ 59 a saca
O indicador do milho do Cepea, com base nos preços de Campinas (SP) teve nova alta, agora de 1%, e ficou em R$ 58,99 a saca. Na B3, o dia também foi marcado por novos ajustes positivos e os contratos voltaram a se aproximar dos R$ 60. A curva futura avançou em média 1,24%, sendo que o contrato novembro subiu 1,81% e teve ajuste em R$ 59,78.
No exterior, o vencimento dezembro encerrou a semana em US$ 3,69 bushel, alta diária de 0,96%. Os dados do Departamento de Agricultura dos EUA (USDA) mostraram redução de 2% na produção do milho norte-americano para 378 milhões de toneladas. Como esperado, o relatório trouxe estimativas atualizadas para a pontual quebra resultante das tempestades ocorridas no estado de Iowa.
Soja tem maior valor em mais de 2 anos, em Chicago
A cotação da soja na Bolsa de Chicago superou US$ 10 por bushel no contrato para novembro. A oleaginosa norte-americana segue pressionada positivamente por vendas externas, condições das lavouras e cortes na produção e nos estoques dos EUA pelo USDA.
Com o avanço no exterior e nova alta do dólar, os preços no Brasil reagiram também de maneira positiva. O indicador do Cepea para o Porto de Paranaguá (PR) voltou a se aproximar do recorde histórico e ficou cotado a R$ 137,40 a saca.
Mercado está otimista com a vacina de Oxford contra Covid-19
A retomada dos testes da vacina da Universidade de Oxford gera otimismo nos mercados globais. Os estudos da última fase da vacina haviam sido pausados na semana passada devido à reação adversa relatada por um dos voluntários no Reino Unido. O mercado também monitora notícias de fusões e aquisições no setor de tecnologia e saúde com reações positivas.
Semana é marcada por reuniões de bancos centrais ao redor do mundo. Brasil, Estados Unidos, Zona do Euro, Japão, Rússia e África do Sul têm encontros para definição da política monetária nesta semana. Por isso, o mercado de câmbio pode ter volatilidade elevada.
No Brasil: mercado espera taxa Selic estável na reunião desta semana
O destaque da agenda econômica desta semana é a reunião do Banco Central para definição da política monetária. A expectativa majoritária do mercado é de que os diretores do Conselho de Política Monetária (Copom) mantenham a taxa Selic estável em 2% ao ano.
Nesta segunda-feira, 14, o Banco Central divulga o IBC-Br de julho que deve mostrar consolidação da recuperação econômica do país no início do terceiro trimestre.
Também nesta segunda, os dados da balança comercial referentes à segunda semana de setembro serão divulgados e devem mostrar novo saldo positivo puxado por produtos agropecuários.