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Arroba se aproxima de R$ 260 e mercados monitoram pesquisas eleitorais nos Estados Unidos e risco fiscal no Brasil

  • Arroba do boi gordo supera R$ 258 no indicador do Cepea
  • Retenção da oferta de milho aumenta com preocupações climáticas
  • Aumento do prêmio da soja nos portos compensa queda em Chicago
  • Café registra volatilidade em Nova York e estabilidade no Brasil
  • No exterior: mercados ensaiam recuperação monitorando condição de Trump
  • No Brasil: risco político eleva cautela com cenário fiscal

Agenda:

  • Brasil: boletim Focus (Banco Central)
  • Brasil: balança comercial da primeira semana de outubro
  • EUA: condições das lavouras norte-americanas (USDA)

Arroba do boi gordo supera R$ 258 no indicador do Cepea

A arroba do boi gordo continua sentindo a pressão de alta em virtude da baixa oferta de animais terminados. Na sexta-feira, 2, o indicador do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) superou R$ 258 pela primeira vez na série histórica. Na semana, a alta acumulada chegou a 0,94% e no ano, a 24,7%. Com o início do mês de outubro, a expectativa é de novos ajustes positivos nos preços.

Na B3, os contratos futuros passaram por mais um dia de elevação das cotações e a curva subiu 0,78% em média até o vencimento para dezembro. O contratos para novembro e dezembro ficaram acima de R$ 260 por arroba. Destaque também para forte ajuste positivo para janeiro de 2021, que está cotado a R$ 257,50.

Retenção da oferta de milho aumenta com preocupações climáticas

O consultor da Safras & Mercado Paulo Molinari afirma que os produtores têm retido o milho diante da preocupação com o atraso das chuvas para o início do plantio da safra de verão. Sendo assim, a pressão altista sobre os preços se mantém, apesar da estabilidade das cotações no encerramento da semana. O indicador do Cepea teve nova alta e ficou em R$ 64,75 por saca.

Na B3, os contratos futuros apresentaram nova elevação consistente com a curva subindo em média 1,23%. Destaque para o contrato para março de 2021, que superou R$ 67 por saca. Em Chicago, houve queda com o mercado sentindo a piora da percepção de risco e acompanhando os recuos no mercado de petróleo.

Aumento do prêmio da soja nos portos compensa queda em Chicago

De acordo com a Agrifatto, o preço da soja brasileira ficou firme ao redor de R$ 150 no mercado spot em grande parte dos portos brasileiros. O aumento do prêmio compensou a queda em Chicago e manteve as cotações sustentadas. Já o farelo de soja no país superou os R$ 2.200 por tonelada em virtude de uma escassez de oferta que só aumenta, completa a consultoria.

Em Chicago, o aumento da aversão ao risco nos mercados globais com a incerteza eleitoral nos Estados Unidos pressionou os preços para baixo. O vencimento para novembro recuou 0,27% e fechou a semana cotado a US$ 10,21 por bushel.

Café registra volatilidade em Nova York e estabilidade no Brasil

A volatilidade dos preços do café arábica em Nova York marcou o pregão de encerramento da semana. O contrato para dezembro chegou a romper US$ 1,05 por libra-peso na mínima do dia, mas se recuperou e teve alta de 1,77%, ficando em US$ 1,0895 por libra-peso. Sendo que na máxima do dia chegou a US$ 1,10.

No Brasil, a consultoria Safras & Mercado registrou estabilidade e negócios lentos. No sul de Minas Gerais, o café arábica bebida boa com 15% de catação ficou em R$ 520/525 a saca, enquanto que no cerrado mineiro, o bebida dura ficou em R$ 525/530.

No exterior: mercados ensaiam recuperação monitorando condição de Trump

Os mercados globais iniciam a semana ensaiando recuperação monitorando as condições de saúde do presidente norte-americano, Donald Trump. O fim  de semana foi marcado por desencontro de notícias em torno de Trump. O presidente publicou dois vídeos dizendo que está melhorando da doença. Além disso, passeou de carro em volta do hospital para acenar a seus apoiadores.

As pesquisas eleitorais seguem dando margem grande de vantagem ao candidato democrata, Joe Biden. Neste domingo, 4, a pesquisa da Reuters/Ipsos mostrou Biden com 51% das intenções de voto, enquanto Trump teve apoio de 41%.

No Brasil: risco político eleva cautela com cenário fiscal

O risco político segue no radar do mercado com o desentendimento entre os ministros Rogério Marinho (Desenvolvimento Regional) e Paulo Guedes (Economia) sobre o financiamento do programa Renda Cidadã. Os investidores elevam a cautela com cenário fiscal e se preocupam cada vez mais com a possibilidade de o governo desistir de cumprir com o Teto de Gastos.

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, alertou novamente que o aumento crescente dos riscos fiscais pode fazer a autoridade monetária retirar a sinalização de juros baixos por um período prolongado. A declaração ajudou a pressionar a curva futura de juros.