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Expectativa de aumento do consumo de carne bovina no final de ano ainda não se confirma e arroba do boi gordo segue sem força para altas. Atividade industrial na China alcança maior patamar em 10 anos

  • Apesar da virada do mês, arroba do boi gordo segue sem força para altas
  • Preços do milho têm mais um dia de baixas no Brasil
  • Cotações da soja recuam em Chicago e no mercado brasileiro
  • Saca de café se estabiliza com dólar e Nova York laterais
  • No exterior: atividade industrial na China alcança maior nível em 10 anos
  • No Brasil: Congresso aguarda sinalização do governo para reformas

Agenda:

  • Brasil: balança comercial de novembro
  • Brasil: dados de desenvolvimento das lavouras do Paraná (Deral)
  • EUA: ISM industrial de novembro

Apesar da virada do mês, arroba do boi gordo segue sem força para altas

Apesar da virada do mês e do final do ano, que costuma trazer aumento pontual do consumo em virtude da entrada dos salários e do décimo terceiro, a arroba do boi gordo segue sem força para novas altas. A oferta restrita permanece e, por outro lado, impede quedas mais consistentes. Dessa forma, a cotação fica estável.

O indicador do boi gordo do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) segue variando no intervalo entre R$ 278 e R$ 284 por arroba, e ficou em R$ 283,75 por arroba na segunda-feira.

Na B3, os contratos futuros recuaram em praticamente toda a curva. Apenas o vencimento para novembro, em seu último dia de negociações, teve uma pequena alta.

Preços do milho têm mais um dia de baixas no Brasil

O mercado de milho brasileiro iniciou a semana com preços levemente mais baixos tanto no balcão quanto no futuro. Os consumidores demonstram terem estoques suficientes até a virada do ano, fazendo com que as cotações fiquem pressionadas. Pesou também a queda do milho na Bolsa de Chicago, com novas sanções dos Estados Unidos às empresas chinesas e projeções de chuvas na América do Sul.

O indicador do milho do Cepea perdeu o patamar de R$ 79 por saca e ficou cotado a R$ 78,31. Nos contratos futuros da B3, o vencimento para janeiro de 2021 passou de R$ 78,69 para R$ 78,04 e o contrato para março, de R$ 78,68 para R$ 78,01.

Cotações da soja recuam em Chicago e no mercado brasileiro

Assim como no caso do milho, as sanções dos Estados Unidos à China e projeções de chuva na América do Sul derrubaram as cotações dos contratos futuros da soja em Chicago. O vencimento para janeiro caiu quase 2%.

No mercado brasileiro, com negócios escassos em virtude da pouca disponibilidade da oleaginosa, os preços apenas seguiram a direção definida pelo exterior. O indicador da soja no porto de Paranaguá (PR) do Cepea passou de R$ 162,31 para R$ 161,77.

Saca de café se estabiliza com dólar e Nova York laterais

O mercado brasileiro de café observou preços estáveis seguindo o ritmo lateralizado dos contratos futuros em Nova York e do câmbio no Brasil. De maneira geral, os mercados globais tiveram um aumento da aversão ao risco e isso pressionou as cotações do café nas principais bolsas.

De acordo com a consultoria Safras & Mercado, no sul de Minas Gerais, o arábica bebida boa com 15% de catação fechou em R$ 595/600 a saca, estável. No cerrado mineiro, o arábica bebida dura com 15% de catação teve preço de R$ 605/610 a saca, sem mudanças.

No exterior: atividade industrial na China alcança maior nível em 10 anos

A atividade industrial na China, medida pelo Índice dos Gerentes de Compras (Caixin Markit), alcançou o maior nível desde novembro de 2010. Com esses dados positivos, que mostram força na recuperação econômica chinesa, as bolsas globais iniciam o último mês do ano em alta consistente.

O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou a ex-presidente do Banco Central norte-americano, Janet Yellen, como secretária do Tesouro Nacional. Os investidores ainda aguardam evolução nas discussões sobre novos estímulos fiscais.

No Brasil: Congresso aguarda sinalização do governo para reformas

A expectativa de andamento das reformas após as eleições municipais gerou uma certa onda de otimismo no mercado brasileiro no final do primeiro turno. Porém, o Congresso aguarda que o governo federal sinalize suas prioridades e que se empenhe na rápida aprovação das pautas existentes, sobretudo a reforma tributária.

De acordo com o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), relator da proposta da reforma tributária na comissão mista, buscará nesta semana um consenso a fim de pautar o texto ainda este ano. Segundo Maia, caso não haja consenso, o assunto ficará para o próximo presidente da Câmara em fevereiro de 2021.