Em São Paulo, a queda dos preços ofertados pela arroba do boi gordo segue gerando redução da oferta de boiadas. O volume de negócios realizados tem diminuído e as indústrias paulistas têm buscado animais em outros estados, como alternativa para preenchimento das escalas. As programações de abate atendem entre três e quatro dias no estado, segundo levantamento da Scot Consultoria.
Apesar do lento escoamento de carne, os estoques estão enxutos, reflexo da redução de abate dos frigoríficos. Entretanto, a consultoria registra que existem indústrias com escalas mais alongadas, que testam o mercado com preços abaixo da referência.
No mercado atacadista de carne com osso, a carcaça de bovinos castrados ficou cotada em R$10,00 por quilo na última sexta, dia 11. Valorização de 4,2% em uma semana.
Rondônia
Os preços dos animais em Rondônia têm atraído compradores de outras regiões. Os animais de reposição tiveram alta nos últimos dias em relação à cotação média de fevereiro, as categorias de machos anelorados valorizaram 2,5%.
As recentes quedas no preço da arroba do boi gordo não foram suficientes para pressionar negativamente as cotações da reposição. A oferta de animais não está abundante e isso tem controlado as cotações. O momento é de oferta menor que a demanda, indica a Scot.
O mercado do boi gordo está mais fraco no estado. A pressão de baixa sobre as cotações vem fazendo o pecuarista receber menos pelo animal terminado, o que interfere diretamente no poder de compra do recriador/invernista. Com o valor da venda de um boi gordo de 16,5@ no estado, hoje é possível comprar 1,51 garrote de 9,5@, frente a 1,66 em março do ano passado.
Coforme os analistas, “daqui para frente não está descartado que os preços subam, no entanto, a fraqueza do preço do boi gordo e a perda do poder de compra do pecuarista devem limitar essas altas”.