Boi

Oferta de boi gordo começa a cair e preços reagem no Brasil

Confira as principais notícias sobre dólar, mercado agropecuário e previsão do tempo para começar o dia bem informado

bois no cocho
Foto: Sepaf-MS

A oferta de gado terminado em confinamento está diminuindo, segundo a Scot Consultoria. As indústrias já começaram a sentir um cenário mais apertado para comprar boi gordo.

O mercado paulista está “ligando os motores”, apontam analistas. A cotação reagiu positivamente na sexta-feira e a arroba voltou à casa de R$ 148, à vista, livre de Fundo de Assistência ao Trabalhador Rural (Funrural).

Outras praças pecuária acompanhadas pela Scot também registraram elevações. “Não é uma alta generalizada e consistente, mas indica uma possível reversão da pressão baixista observada durante outubro”, declara a empresa.

Carne

A virada do mês e o feriado trouxeram expectativas de aumento das vendas e já repercutiram nos preços da carne bovina. A margem das indústrias que vendem a carne dessosada está nos maiores patamares dos últimos dois meses (21,4%), de acordo com a Scot Consultoria, o que indica espaço para ofertas de compra melhores.

Reposição

Os preços no mercado de reposição está firme há 17 semanas, diz a consultoria. Esse cenário pode ser explicado pela soma de alguns fatores. O primeiro é que de junho até aqui a relação de troca tem melhorado para o recriador e invernista e, consequentemente, há maior estímulo para os negócios.

O poder de compra do recriador e invernista melhorou neste período e atualmente são necessárias 7,97 arrobas de boi gordo para a compra do mesmo bezerro.

Além do maior poder de compra, no Centro-Sul as chuvas chegaram esse ano dentro da normalidade, isso tem adiantado a recuperação das pastagens e gera mais um fator de procura por negócios de reposição, além também de acelerar a saída de animais do cocho e antecipar a troca

Boi gordo no mercado físico – arroba à vista

          • Araçatuba (SP): R$ 148
          • Triângulo Mineiro (MG): R$ 142
          • Goiânia (GO): R$ 135
          • Dourados (MS): R$ 144
          • Mato Grosso: R$ 130,50 a R$ 134
          • Marabá (PA): R$ 132
          • Rio Grande do Sul (oeste): R$ 4,55 (kg)
          • Paraná (noroeste): R$ 149,50
          • Sul (TO): R$ 135
          • Veja a cotação na sua região

Soja

Os contratos da soja voltaram a se valorizar na Bolsa de Chicago na sexta-feira, dia 26, após uma sequência de sessões em queda. A posição novembro, que teve alta de 3,25 centavos de dólar no último fechamento, acumulou queda de 1,37% na semana.

O mercado se recuperou tecnicamente  após atingir o menor nível em um mês. O anuncio da venda de 260 mil toneladas de soja americana para destinos não revelados ajudou a sustentar as cotações na última sessão da semana, segundo a Safras & Mercado.

No Brasil, o reflexo da alta em Chicago foi limitado pela recuo do dólar. Com cotações domésticas mistas, o dia foi travado para comercialização, mais uma vez.

Soja no mercado físico – por saca de 60 kg

      • Passo Fundo (RS): R$ 83,50
      • Cascavel (PR): R$ 80
      • Rondonópolis (MT): R$ 74
      • Dourados (MS): R$ 79
      • Porto de Paranaguá (PR): R$ 85,50
      • Porto de Rio Grande (RS): R$ 87
      • Porto de Santos (SP): R$ 87
      • Porto de São Francisco do Sul (SC): R$ 87
      • Confira mais cotações

Soja na Bolsa de Chicago (CBOT) – por bushel

        • Novembro/2018: US$ 8,45 (+3,25 cents)
        • Janeiro/2019: US$ 8,57 (+3,25 cents)

Nos subprodutos, a posição dezembro do farelo fechou com perda de US$ 1,80 (0,58%), sendo negociada a US$ 304,30 por tonelada. No óleo, os contratos com vencimento em dezembro fecharam a 28,39 centavos de dólar, com baixa de 0,22 centavo ou 0,76%.


Milho

Na sexta, o mercado do milho se recuperou das fortes quedas registradas na quinta-feira, dia 25, quando atingiu a mínima em duas semanas.

O grão negociado em Chicago acompanhou a alta do trigo e as preocupações quanto ao aperto da oferta global.

Com os ganhos da sexta, os preços evitaram a segunda queda semanal consecutiva. A posição dezembro fechou em alta de 0,2% na semana.

Cotações domésticas

Mais uma semana de preços em baixa no Brasil, segundo a Safras & Mercado. Os vendedores mostram-se reticentes ante as quedas observadas nos preços internos.

Às vésperas das eleições para Presidência, o câmbio continua volátil. O dólar em baixa pressiona os valores pagos nos portos e também o mercado doméstico do grão.

No curto prazo, nada indica que haverá reações dos preços, diz a Safras. O cenário cambial deve se manter.

Milho no mercado físico – por saca de 60 kg

      • Rio Grande do Sul: R$ 39
      • Paraná: R$ 32
      • Campinas (SP): R$ 35
      • Mato Grosso: R$ 25
      • Porto de Santos (SP): R$ 34
      • Porto de Paranaguá (PR): R$ 34
      • São Francisco do Sul (SC): R$ 34
      • Veja o preço do milho em outras regiões

Milho na Bolsa de Chicago (CBOT) – por bushel

        • Dezembro/2018: US$ 3,67 (+6,75 cents)
        • Março/2019: US$ 3,80 (+6,50 cents)

Café

O café terminou a semana com preços mais baixos. O mercado teve uma sexta de poucos negócios, isolados, em compasso de espera das eleições de domingo. A Bolsa de Nova York para o arábica teve alta em grande parte do dia, mas perdeu terreno e fechou em baixa, assim como o dólar, o que pressionou as cotações no país.

NY

A bolsa teve bons ganhos em grande parte do dia, dando sequência ao movimento positivo do dia anterior e sustentada pela queda do dólar contra o real no Brasil. Mas, o mercado apresentou um movimento de reversão, com realização de lucros após as recentes altas e acabou retorno ao terreno negativo.

Os fundamentos baixistas pressionam o mercado, com a ampla oferta global, em ano de safra recorde no Brasil e com grandes safras de outras origens chegando agora ao final do ano, o que garante tranquilidade ao abastecimento.

Na semana, para o contrato dezembro, NY acumulou uma baixa de 2%.

Londres

O robusta terminou em alta na sexta-feira. Segundo traders, em grande parte do pregão, Londres acompanhou ganhos registrados para o arábica, mas não se desvalorizou no final, como a outra variedade. Isso se explica pelo fato de Londres recentemente ter apresentado perdas não vistas para o arábica e, assim, o mercado do robusta manteve a valorização até o fechamento diante de fatores técnicos.

No balanço da semana, o contrato janeiro acumulou uma queda de 0,5%.

Café no mercado físico – por saca de 60 kg

        • Arábica/bebida boa – Sul de MG: R$ 445 a R$ 450
        • Arábica/bebida boa – Cerrado de MG: R$ 450 a R$ 455
        • Arábica/rio tipo 7 – Zona da Mata de MG: R$ 385 a R$ 390
        • Conilon/tipo 7 – Vitória (ES): R$ 333 a R$ 335
        • Confira mais cotações

Café arábica na Bolsa de Nova York (ICE Futures US) – por libra-peso

          • Dezembro/2018: US$c 119,65 (-1,50 cent)
          • Março/2019: US$c 123,40 (-1,65 cent)

Café robusta na Bolsa de Londres (Liffe) – por tonelada

          • Novembro/2018: US$ 1.711 (+US$ 37)
          • Janeiro/2019: US$ 1.730 (+US$ 23)

Dólar e Ibovespa

O dólar fechou a semana passada em queda de 1,39% cotado a R$ 3,6518 para venda. A moeda norte-americana manteve a mesma tendência de baixa registrada ontem, quando encerrou o pregão em queda de 1,15% após dois dias seguidos em alta.

O índice B3, da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), encerrou esta sexta-feira em alta de 1,95%, com 86.719 pontos. O último pregão da semana fechou com valorização das ações das empresas de grande porte, chamadas de blue chips. Petrobras encerrou com alta de 4,76%, Vale teve crescimento de 1,54%, Itaú se valorizou 1,33% e Bradesco, alta de 1,19%. O índice B3 segue positivo no acumulado de outubro, com valorização até hoje de 8%.


Previsão do tempo para segunda-feira, dia 29

Sul

O tempo segue firme na maior parte da região. Risco para nevoeiro na faixa leste do Paraná de Santa Catarina e na serra gaúcha e catarinense. Apenas no litoral de Santa Catarina e no leste paranaense o predomínio é de tempo mais fechado, com bastante nebulosidade.

No extremo norte do Paraná, onde chove fraco e de maneira isolada. Outro destaque deste início de semana são as temperaturas que começam a subir, especialmente no oeste do Paraná, de Santa Catarina e noroeste do Rio Grande do Sul. A umidade do ar até diminui um pouco nestas áreas, mas não chega a valores críticos.

Sudeste

A frente fria avança para o sul da Bahia, mas ainda tem muitas nuvens carregadas no norte de Minas Gerais, com previsão de chuva volumosa nestas áreas. Na Capital fluminense, o tempo fica fechado com chuva leve ao longo do dia.

Em São Paulo o tempo fica firme na maior parte do Estado e deve chover apenas no norte e oeste paulista, como na região da Mogiana e de Ribeirão Preto.

Outro destaque são as temperaturas que seguem amenas na capital paulista, mas em gradual elevação.

Centro-Oeste

O primeiro dia da semana será marcado pelo tempo instável no Centro-Oeste. Tem previsão para chuva em todos os estados e condição para acumulados elevados no norte de Goiás e Distrito Federal.

As temperaturas sobem bastante em Mato Grosso do Sul e ainda tem deve chover no centro-leste do estado, mas as pancadas não trazem volumes tão expressivo quanto nas demais áreas da região.

Nordeste

Uma frente fria consegue chegar até o sul da Bahia e aumenta as instabilidades em toda a metade sul da Bahia, inclusive no interior, aumentando também o volume de chuva, principalmente nas áreas mais próximas a Minas Gerais e também no oeste baiano. Chove também no sul do Maranhão e do Piauí, mas com menores acumulados. As demais áreas da Região tem tempo firme.

Norte

A segunda-feira segue com tempo instável no Norte. A condição é para chuva a qualquer momento e no Tocantins os volumes podem ser elevados, principalmente no sul do Estado. Mesmo com chuva, faz calor em todos os estados.  Tempo firme apenas no norte do Pará e no Amapá.