O Centro Pan-Americano de Febre Aftosa (Panaftosa) está coordenando, por determinação dos países membros da Comissão Sul Americana da Luta Contra febre aftosa (Cosalfa), um plano de vacinação do rebanho bovino e bubalino da Venezuela contra a doença. A imunização será feita durante dois anos, podendo ser prorrogada por mais dois.
Segundo nota divulgada pelo Ministério da Agricultura nesta quarta-feira, 25, a decisão foi tomada pelos 13 países membros na 45ª reunião da comissão, que ocorreu em maio.
“Nós temos que interromper a circulação do vírus da aftosa na região (Colômbia e Venezuela). E, obviamente, dar condições ao setor privado e ao serviço veterinário oficial da Venezuela para realizarem trabalho de longo prazo na erradicação e prevenção da doença”, afirmou em comunicado o diretor do departamento de saúde animal do Ministério e representante do Brasil na Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), Guilherme Marques.
Será criado um fundo privado para ações de defesa, como a contratação de vacinadores, aluguel de carros para campanhas de vacinação, compra de pistolas para aplicação e conservação das vacinas. Os países também devem enviar profissionais e fazer doação de vacina.
A previsão é que sejam doadas 39 milhões de doses de vacinas/ano à Venezuela, das quais 32 milhões serão aplicadas em duas campanhas (todo o rebanho), e 7 milhões para serem direcionadas em uma campanha intermediária, voltada apenas aos animais com idade de até 24 meses.