O Paraná pretende impulsionar o setor de pecuária de corte, para se tornar referência na produção de carne bovina de qualidade e ampliar a exportação. Nesse sentido, o governo do estado lançou nesta terça, dia 11, em Curitiba, o Programa de Modernização da Pecuária de Corte do Paraná.
O projeto vai incentivar cerca de 56 mil propriedades de bovinos de corte a adotarem modernas técnicas de produção, informou o secretário estadual de Agricultura, Norberto Ortigara, em comunicado.
Na última década, segundo o governo do Estado, o rebanho paranaense perdeu cerca de 10% do número de cabeças em virtude do abate de matrizes. O resultado foi a redução na produção de bezerros em número suficiente para movimentar a cadeia produtiva dentro do Estado.
– É preciso melhorar o desempenho, que ainda produz pouco por hectare utilizado – avaliou Ortigara.
A meta é aumentar a taxa de natalidade média do Estado para ter uma oferta de 480 mil bezerros de corte a mais anualmente. Em dez anos, o rebanho bovino diminuiu de 10 milhões para 9,2 milhões cabeças. Muitas matrizes foram abatidas com o avanço do cultivo da soja e da cana-de-açúcar sobre as áreas de pastagens, que ofereciam mais renda ao agricultor.
Nos índices zootécnicos, as metas traçadas para um período de 10 anos são reduzir a idade de abate, dos atuais 37 meses, em média, para 30 meses; elevar a produção de carcaça dos atuais 137 quilos por hectare por ano para 210 quilos por hectare ano; elevar a taxa de desfrute dos atuais 21% para 25% e ampliar a ocupação em áreas de pastagens, de 1,4 cabeça por hectare para 2 cabeças por hectare.
Linhas de crédito oferecidas ao pecuarista serão melhoradas, para reter matrizes e elevar a produção de bezerros, segundo o governo. Financiamentos aos produtores serão disponibilizadas pelo Banco do Brasil, Caixa Econômica, Fomento Paraná e Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE).