Segundo ele, a emissão de óxido nitroso (N2O), um dos gases que provocam o efeito estufa, pelo rebanho brasileiro é 50% menor que o estimado pelo organismo internacional.
Na prática, a constatação do estudo representa uma redução de 10% nas estimativas de emissão de gases do efeito estufa pela agropecuária do país.
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A Embrapa explica que a metodologia do IPCC aplicada na elaboração de inventários nacionais, além de utilizar dados genéricos para todas as regiões do mundo, considera que as emissões de excretas depositadas nas pastagens ocorrem de maneira igual, independentemente de serem fezes ou urina.
A pesquisa da Embrapa mostra que as fezes bovinas têm um fator de emissão muito menor e por isso não dá para ser utilizado o mesmo índice estabelecido para urina.
Diminuição
Outro estudo da divisão de agrobiologia da Embrapa afirma que é possível reduzir as emissões de gases de efeito estufa pela pecuária através do aumento da produtividade das pastagens e o uso de leguminosas forrageiras.
A Embrapa avaliou cinco cenários diferentes, simulando desde a condição de pasto degradado até a pastagem adubada combinada com confinamento.
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Os resultados mostram que, em comparação às pastagens degradadas, as emissões podem ser reduzidas em 16% se o solo for fertilizado ocasionalmente, além de dobrar a produção de carne.
No caso do uso de uma leguminosa forrageira, que não exige adubação nitrogenada, é possível reduzir as emissões em 26% e quadruplicar a produtividade.
Nos cenários quatro e cinco, não se ganha muito mais com a mitigação de emissões, e requer-se mais investimentos pelo produtor.