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Mato Grosso

Pecuaristas devem aproveitar queda do milho, diz especialista

Com a relevância do milho na alimentação dos animais, um planejamento estratégico bem elaborado pode aumentar os ganhos

Os pecuaristas de Mato Grosso que trabalham com engorda de gado estão se beneficiando do atual cenário de preços do milho, que está em queda. Com uma redução significativa, saindo de R$ 65 a saca para R$ 38 no estado, os criadores veem suas perspectivas melhorarem consideravelmente para o segundo semestre.

Isso se dá especialmente pela relevância do grão na alimentação dos animais, representando cerca de 80% do consumo. Com um planejamento estratégico bem elaborado, é possível gerar lucratividade e aumentar os ganhos.

Apesar da situação favorável, é importante que os produtores mantenham a cautela e deem atenção aos aspectos do planejamento, a fim de manter a estabilidade financeira em longo prazo.

milho exportação
Foto: Semadesc/Reprodução

A possibilidade de inflação do mercado de boi gordo devido a uma maior oferta do produto tem preocupado pecuaristas de Mato Grosso, que temem uma desvalorização do produto.

No entanto, a compra de animais magros para engorda tem sido um fator positivo para a atividade, segundo Rafael Grings, consultor de commodities da Hedge Agro.

Com o custo de produção da arroba em baixa e uma boa margem de lucro na venda, alguns produtores têm obtido lucratividade de até 30%. No entanto, Grings destaca que o sucesso depende de um planejamento adequado.

Além disso, o avanço na produção de carne pode beneficiar também os consumidores finais, com preços mais atrativos nos açougues. Mesmo com a forte presença da pecuária mato-grossense no mercado internacional, a queda nos preços da arroba pode gerar economia para o consumidor.

Mercado da carne em Mato Grosso

Dados do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) apontam que a exportação de carne bovina mato-grossense atingiu o maior patamar da série histórica em 2023.

Foto: Agência Brasil/arquivo

O montante representa cerca de US$ 183,69 bilhões, 59,31% a mais em relação ao ano anterior. A China é a maior importadora do produto, comprando cerca de 64,12% de toda produção.

A relação chegou a ser estremecida no início de 2023 com o caso da Vaca Louca registrado no Brasil, mas o embargo foi suspenso após análises comprovarem que se tratava de um “caso atípico”.

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