Na manhã desta quinta-feira (23) a China anunciou a retomada das importações de carne bovina brasileira. O comunicado foi publicado no site em chinês da Administração-Geral de Aduanas da China (GACC), depois da reunião do diretor-geral da Alfândega Chinesa, Yu Jianhua, com o ministro da Agricultura e Pecuária do Brasil, Carlos Fávaro.
Segundo o documento, após a avaliação feita pelo país asiático, o sistema de prevenção e controle do mal da vaca louca no Brasil está em conformidade com os requisitos relevantes de quarentena e saúde da China.
“Com base em avaliações científicas, regras e sistemáticas, a China concordou em retomar a exportação de carne bovina desossada do Brasil com menos de 30 meses para a China”, diz o documento.
O documento também informa que a Alfândega da China atribui grande importância à cooperação no campo da inspeção e quarentena entre a China e o Brasil. E que solicita a supervisão do Brasil para comércio seguro e sustentável.
“A China solicitou que o Brasil cumpra seriamente suas responsabilidades de supervisão governamental e corporativas para garantir o desenvolvimento seguro e sustentável do comércio de carne bovina China-Brasil”, acrescenta o documento.
Suspensão dos embarques à China
A exportação de carne bovina do Brasil para a China estava suspensa desde 22 de fevereiro, após a confirmação de um caso isolado e atípico de Encefalopatia Espongiforme Bovina (EEB), doença popularmente conhecida como mal da vaca louca. O caso havia sido identificado em uma pequena propriedade no município de Marabá (PA).
A suspensão ocorreu por causa de um protocolo de 2015 assinado pelos dois países. O acordo — que segue em vigor — estabelece um autoembargo nas vendas à China quando uma nova ocorrência de mal da vaca louca é identificada no Brasil.
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Segundo o Ministério de Agricultura e Pecuária (Mapa), antes da viagem da comitiva liderada por Fávaro a Pequim, os técnicos da pasta já haviam fornecido todas as informações relevantes sobre o caso à China. Mas a retomada das exportações ainda dependia de decisão do parceiro asiático.
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O que diz o setor
Pecuaristas comemoram o fim do embargo. Segundo André Locateli, gerente-executivo da Associação dos Criadores de Nelore do Brasil, a volta das exportações traz uma perspectiva positiva para o setor.
“Existe uma expectativa grande do setor. Principalmente pelo valor do mercado pago e pelo valor da arroba do boi gordo” — André Locateli
“O fim do embargo da China é visto com muito bons olhos. Existe uma expectativa grande do setor. Principalmente pelo valor do mercado pago e pelo valor da arroba do boi gordo. Então sem dúvidas o fim do embargo vem trazer uma perspectiva positiva para o setor”, afirma Locateli.
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