A Companhia Docas do Pará (CDP) e sua seguradora devem apresentar hoje, dia 9, um plano de contingência para o enterro dos bois mortos no naufrágio de um navio libanês no Porto de Vila do Conde, no município de Barcarena.
Somente após o anúncio do plano a Secretaria do Meio Ambiente do Pará (Sema) deve analisar se permite ou não que a Companhia Docas continue a embarcar gado no cais – uma decisão que será acompanhada de perto pelas exportadoras da região, principalmente a Minerva, responsáveis por 98% das vendas externas de boi em pé no País.
Segundo o superintendente federal do Ministério da Agricultura no Pará, Josenir Nascimento, órgãos de governo e a CDP analisaram na tarde de quinta, dia 8, opções para solucionar o problema sanitário e tentar destravar os embarques. No encontro, foram propostas duas alternativas: transportar os bois mortos até o alto-mar para destinação final ou cremá-los em terra firme.
Nascimento disse que o Ministério não tem gerência sobre esta operação, mas que tem “participado do processo para que ele se resolva o mais rápido possível, evitando riscos à saúde humana e ao ambiente”.
Autoridades montaram um comitê de crise no Porto de Vila do Conde para solucionar o problema. A Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) integra a equipe e tem feito fiscalizações no comércio varejista do município para impedir que a carne dos bois embarcados no navio naufragado seja vendida, por questões sanitárias. A Adepará também tem orientado moradores sobre os riscos de consumo da carne bovina em condições inadequadas.