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Preço da arroba inicia a semana em queda, negociada a R$ 265 em São Paulo

A necessidade de venda entre os confinadores é um dos fatores que segue pressionando os valores da arroba, destaca analista

boi gordo
Foto: Seagro-TO

A semana iniciou com preços mais baixos para o boi gordo nas principais praças de produção e comercialização do país. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, os frigoríficos se encontram com uma escala de abates bastante confortável, pressionando os preços do boi gordo para os pecuaristas.

Segundo ele, acentua a pressão sobre os preços do boi a necessidade de venda entre os confinadores, uma vez que o clima chuvoso dificulta sobremaneira a retenção das boiadas, ao mesmo tempo em que um elevado custo de nutrição animal neste final de ano só faz crescer a necessidade de caixa dos criadores.

“Além disso, os preços no atacado vêm apresentando recuo nos últimos dias, em um movimento bastante atípico em um período tradicionalmente marcado por grande consumo. Por fim, o dado de exportação da primeira semana de dezembro trouxe um resultado pavoroso, com um volume de embarques bastante abaixo das expectativas. Este é mais um sintoma preocupante, que sem dúvida interfere no comportamento dos frigoríficos na elaboração das estratégias de compra de boiadas”, assinala.

Em São Paulo, Capital, os preços do mercado à vista ficaram em R$ 265 – R$ 266 a arroba, ante R$ 269 na sexta-feira, 4. Em Uberaba, Minas Gerais, os preços ficaram em R$ 263 a arroba, contra R$ 267. Em Dourados, no Mato Grosso do Sul, os valores chegaram a R$ 255 a arroba, ante R$ 257. Em Goiânia, Goiás, o preço indicado foi de R$ 255 a arroba, contra R$ 260. Já em Cuiabá, no Mato Grosso, o preço ficou em R$ 254 a arroba, contra R$ 256.

Atacado

No mercado atacadista, a queda nos preços registrada nesta segunda evidencia que os frigoríficos conseguiram realmente uma posição confortável em suas escalas de abate, sem dificuldades para atender a demanda no final do ano, auge do consumo doméstico de carne bovina. “Além disso, esse movimento também indica a saturação do consumidor médio, incapaz de absorver tantos reajustes do mesmo produto, que neste caso simplesmente migra para proteínas animais mais acessíveis, notadamente a carne de frango”, diz Iglesias.

Com isso, o corte traseiro caiu de R$ 19,85 o quilo para R$ 19,20 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 15 o quilo, contra R$ 15,80 o quilo, e a ponta de agulha recuou de R$ 15,40 o quilo para R$ 15,35 o quilo.