O mercado físico do boi gordo teve preços pouco alterados nesta semana, de acordo com a consultoria Safras e Mercado. O analista Fernando Henrique Iglesias afirma que a primeira quinzena de maio vem sendo marcada por vendas muito abaixo do normal no atacado.
“O prolongamento do distanciamento social, com o fechamento de restaurantes, bares, redes hoteleiras e outros estabelecimentos, continua afetando a demanda mesmo com a proximidade do Dia das Mães, um dos pontos altos de consumo de carne bovina de todos os anos”, diz.
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Segundo a consultoria, a retração econômica reduz o consumo de cortes nobres, direcionando a demanda para cortes mais acessíveis, a exemplo dos cortes do dianteiro e da carne de frango propriamente dita. “Ao mesmo tempo, a oferta tende a começar a crescer com o desgaste das pastagens provocado pelo clima mais frio e seco, fator que reduz a capacidade de retenção por parte dos pecuaristas”, informa.
O ponto de sustentação para os frigoríficos permanece na grande demanda asiática em função do déficit local no mercado de proteínas. Os embarques para a China continuam acontecendo de forma acentuada
Veja a variação de preços entre 29 de abril e 9 de maio:
- São Paulo: passou de R$ 192 para R$ 194
- Goiânia (GO): passou de R$ 175 para R$ 180
- Uberaba (MG): ficou em R$ 184
- Dourados (MS): passou de R$ 175 para R$ 176
- Cuiabá (MT): passou de R$ 174 para R$ 172
Exportação
A receita diária média obtida com as exportações brasileiras de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada foi de US$ US$ 25,456 milhões no acumulado de abril, que contou com 20 dias úteis.
Na comparação com a média diária de abril de 2019, de US$ 20,336 milhões, verifica-se alta de 25,18% no valor obtido diariamente pelas exportações de carne bovina.
Nos 20 dias úteis contabilizados em abril até o dia 30, foram exportadas 116,296 mil toneladas de carne bovina, com receita total de US$ 509,128 milhões e um preço médio de US$ 4.377,90 por tonelada.