O preço em reais da carne bovina in natura exportada atingiu recorde em julho, de R$ 14.811,36/tonelada. Segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o valor superou em 8,3% o de junho e em expressivos 37,3% o de julho do ano passado.
No total, os embarques do produto in natura geraram receita de R$ 1,34 bilhão no último mês, abaixo apenas das obtidas em dezembro/14 (de R$ 1,35 bilhão) e em outubro/14 (de R$ 1,39 bilhão). O dólar se valorizou 3,5% frente ao real de junho para julho e expressivos 45% sobre julho/14.
Os valores do boi gordo continuam oscilando bastante no mercado nacional, de acordo com as características dos animais e do tamanho dos lotes negociados. O Indicador ESALQ/BM&FBovespa do boi gordo (estado de São Paulo) fechou a R$ 142,01 nessa quarta, dia 5, alta de 0,5% sobre a quarta anterior.
No mercado doméstico, os preços da carne bovina com osso no atacado da Grande São Paulo voltaram a reagir neste início de agosto. Além da oferta pequena, o típico aquecimento da demanda em início do mês tem elevado as cotações.
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Reação
Os preços da arroba do boi gordo devem passar por uma reação nos próximos meses, chegando a R$ 150/arroba em outubro, segundo previsão do coordenador da divisão de pecuária da Agroconsult, Maurício Nogueira. Em palestra no 6º Encontro de Presidentes de Sindicatos dos Produtores Rurais, promovido pela Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais ( Faemg) em Belo Horizonte, ele disse que as exportações darão suporte às cotações do boi, já que o câmbio está mais favorável.
Nogueira explicou que, em julho, os preços da arroba recuaram porque as empresas não estavam conseguindo pagar os preços pedidos em um momento de queda de consumo. Além disso, com a concentração das compras da matéria-prima, “houve uma coordenação entre as empresas para formação de preços”, disse.
