O preço do gado bovino nos Estados Unidos vem aumentando desde setembro. A baixa oferta de proteína animal na Ásia estimula apostas de que os animais vivos terão demanda cada vez maior. As cotações do gado vivo na Bolsa de Chicago (CME) subiram 13,6% desde 10 de setembro, para cerca de US$ 1,13 a libra-peso.
Os valores da carne bovina no varejo também avançaram nos EUA. Diversos cortes estão sendo vendidos mais caros esta semana do que na mesma semana do ano passado, de acordo com o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA). Uma variedade comum de carne moída, por exemplo, é vendida em média por US$ 3,75 a libra-peso esta semana, quase 20% a mais do que há um ano.
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A alta coincide com o avanço da peste suína africana na Ásia. O vírus – fatal para suínos, mas inofensivo para humanos – foi encontrado na Coreia do Sul no mês passado após aparecer na Coreia do Norte em maio. De acordo com o governo local, até semana passada, 145 mil suínos foram eliminados na Coreia do Sul, que é um dos maiores importadores do produto no mundo.
A doença devastou plantéis de suínos na China, o maior mercado de carne suína do planeta. Cerca de 1,17 milhão de suínos foram abatidos lá desde agosto do ano passado para conter a doença, de acordo com a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO). As eliminações impulsionaram o preço da carne suína no gigante asiático em 69%.
A indústria de carne bovina dos Estados Unidos tenta preencher parte desse déficit de proteína. Exportações de carne bovina para a Coreia do Sul já avançaram 8% ante o ano passado, totalizando 174,2 mil toneladas até agosto, de acordo com a Comissão de Comércio Internacional dos Estados Unidos.