O pecuarista goiano teve seu poder de compra diminuído em 4,3% no fechamento de 2017, frente ao observado em janeiro do ano passado.Isso ocorreu porque no intervalo as cotações das categorias de reposição em Goiás subiram, em média, 9,4%. Os preços acumularam queda no primeiro semestre, mas se recuperam na segunda metade do ano.
Embora o preço do boi gordo também tenha aumentado durante o ano, 4,7%, esta alta não foi suficiente para manter a relação de troca positiva para o recriador/invernista.
Além disso, a oferta de animais de reposição no estado não tão abundante e a demanda um pouco mais aquecida colaboraram com a alta nos preços e a piora na relação de troca. Durante 2017, Goiás foi o estado que teve maior valorização dos animais de reposição. Na média de todos os estados pesquisados pela Scot Consultoria, os preços de todas categorias de reposição caíram 1,1% neste mesmo intervalo.
Mas vale destacar que, apesar dos preços terem se recuperado e fechado 2017 em alta, comparando a média de 2017 com o ano anterior, houve desvalorização nominal de 11,4%.
Ou seja, no balanço geral, a intensificação da retenção de fêmeas nos últimos anos impactou negativamente o mercado de reposição e, para este ano, caso a demanda não colabore, a expectativa é que as cotações não tenham forças para altas.