Os preços do boi e da vaca iniciaram o ano a patamares inferiores aos do começo de 2015 em termos reais (valores deflacionados pelo IGP-DI de dezembro de 2015). Segundo pesquisadores do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), apesar de a oferta de animais ainda ser considerada pequena, o volume já estaria um pouco superior ao de um ano atrás, favorecido pelas chuvas – no início de 2015, ao contrário, o setor amargava as consequências da estiagem de 2013 e 2014.
Já a Scot Consultoria indica que as chuvas abaixo do esperado no Brasil central, o ritmo lento dos negócios e o final do confinamento enxugaram a oferta de boiadas. Em algumas regiões do Sul e do Sudeste, as chuvas dos últimos dias vêm colaborando para a recuperação das pastagens, entretanto, a oferta de animais prontos ainda é restrita. Além disso, com o mercado em alta, alguns pecuaristas têm retido os animais no pasto para aguardar preços melhores. Outro fator que colabora com a restrição de oferta.
Quanto à carne negociada no mercado atacadista da Grande São Paulo, conforme o Cepea, o bom desempenho das vendas no final do ano teria limitado as desvalorizações. Assim, a média parcial deste mês está um pouco acima da registrada em período equivalente de 2015, também em termos reais.
Segundo levantamento da Scot, em Araçatuba (SP), o preço da arroba do boi gordo ficou em R$149,50, à vista. Das 31 praças pesquisadas consultoria, ocorreram altas em sete. No mercado atacadista de carne bovina com osso, os preços estão estáveis. O boi casado capão ficou cotado em R$10,06/kg.