Precocidade sexual de novilhas aumenta produção de carne por hectare

Em Mato Grosso do Sul, fazenda aumenta lucro em 50% de ano para outroNa cidade de Bandeirantes, em Mato Grosso do Sul, a Fazenda Cachoeirão identificou a precocidade sexual em 50,5% de suas novilhas e com isso aumentou a produção de carne de seis arrobas por hectare para 8,2 arrobas por ano, um acréscimo equivalente a 37,2 quilos no peso vivo do animal. Os números foram divulgados para cerca de 84 produtores rurais de setes estados que participam nesta semana do 3º Circuito Geneplus Embrapa.

Fonte: Divulgação

O resultado refletiu diretamente no faturamento que a propriedade tem com a pecuária, atingindo a cifra de R$ 600 por hectare ao ano, 50% a mais em relação ao lucro de um ano atrás. 

Segundo Nedson Rodrigues, um dos proprietários da fazenda, o progresso na produção se deve ao trabalho genético e à inclusão da agricultura que oferece maior produtividade ao solo e à experiência. 

– Junto com o Programa de Melhoramento Genético Geneplus desenvolvemos metodologias e metas eficientes para o crescimento da produção, unindo esses resultados aos benefícios da integração lavoura-pecuária e aos erros e acertos do passado, atingimos hoje números que nos satisfazem, mas que ainda vamos superar – destaca o produtor rural ao lembrar que se deve levar em consideração a atual fase de valorização da carne bovina.
 
A meta de Rodrigues e seus irmãos é atingir a rentabilidade de R$ 1,4 mil por hectare, valor que, segundo o pesquisador da Embrapa Geneplus Leonardo Nieto, agradaria muitos pecuaristas e que é possível atingir. 

– O papel que o produtor tem feito, de utilizar a soja para dar impulso à produção de carne, é imprescindível para quem quer dinamizar a matriz econômica. Unindo estratégias como esta ao estudo científico do avanço genético com o monitoramento técnico, pode-se chegar a resultados ainda mais surpreendentes – afirma Nieto.
 
Além de diminuir a Idade do Primeiro Parto (IPP) das novilhas com o monitoramento técnico, a Fazenda Cachoeirão passou a aumentar a lotação de animais por hectare de 1,3 unidade para dois. Evolução que eleva a rentabilidade e faz com que os proprietários administrem cruzamentos entre raças, criação de gado Puros de Origem e confinamento sob o custo de R$ 23 por cabeça ao mês. 

– Tudo isso está relacionado ao investimento em ciência e tecnologia. Produtores rurais bem assessorados se destacam e aumentam a linha da qualidade garantindo lucratividade – enfatiza Rodrigues.