- Boi: indicador do Cepea sobe 3% na segunda semana do ano
- Milho: pouca oferta segue gerando novas altas
- Soja: bushel cai em Chicago; alta do dólar trava negócios no Brasil
- Café: preços disparam e superam R$ 650 por saca
- No exterior: cautela nos mercados globais
- No Brasil: Anvisa aprova uso emergencial de vacinas de Oxford e da Sinovac
Agenda:
- Brasil: boletim Focus (Banco Central)
- Brasil: IBC-Br de novembro (Banco Central)
- Brasil: balança comercial das duas primeiras semanas de janeiro
Boi: indicador do Cepea sobe 3% na segunda semana do ano
Após subir 4,6% na primeira semana do ano, o indicador do boi gordo do Cepea subiu 3% na segunda. A cotação ficou em R$ 287,90 por arroba e já acumula uma alta de 7,8% em 2021. A oferta restrita de boiadas segue dificultando o alongamento das escalas dos frigoríficos.
No mercado futuro, os contratos do boi gordo negociados na B3 tiveram um dia de pouca movimentação. O vencimento para janeiro, o mais líquido atualmente, passou de R$ 289,85 para R$ 289,75 por arroba.
Milho: pouca oferta segue gerando novas altas
A consultoria Safras & Mercado registrou novas altas de preços do milho no mercado brasileiro. De acordo com a análise da empresa, a oferta por parte dos vendedores segue pouco significativa. Além disso, o cenário para esta semana deve ser semelhante, segundo projeção da consultoria.
O indicador do milho do Cepea renovou a máxima histórica nominal da série pelo terceiro dia consecutivo. A cotação passou de R$ 84,28 para R$ 84,52 por saca. Depois de ter subido 5% na primeira semana do ano, os preços tiveram alta de 2,3% na segunda. No acumulado do ano, o avanço é de 7,5%.
Soja: bushel cai em Chicago; alta do dólar trava negócios no Brasil
A soja negociada em Chicago teve um dia de baixa e os preços passaram de US$ 14,304 para US$ 14,146 por bushel no contrato para março. Ainda assim, na semana, as cotações avançaram 2,9%. A previsão de melhora do clima na América do Sul com chuvas projetadas para regiões produtoras levou o mercado a corrigir.
No Brasil, com o novo avanço do dólar frente ao real e as quedas no exterior, o mercado da oleaginosa ficou travado, de acordo com a Safras & Mercado. Dessa forma, os preços até subiram na maioria das regiões acompanhadas, mas os patamares foram apenas nominais.
Café: preços disparam e superam R$ 650 por saca
Os preços do café arábica seguiram em disparada e superaram os R$ 650 por saca no indicador do Cepea. A cotação passou de R$ 638,60 para R$ 651,99 por saca, atingindo assim uma alta semanal de 4,2%. No acumulado do ano, o indicador já avançou 7,5%. O movimento seguiu de perto a valorização em Nova York e do dólar em relação ao real.
No exterior, o contrato para março negociado na Bolsa de Nova York chegou a encostar em US$ 1,32 por libra-peso, mas encerrou o pregão com alta mais moderada a US$ 1,2815. Porém, a desvalorização do real frente ao dólar pesou nas cotações, pois estimula a exportação do produto brasileiro.
No exterior: cautela nos mercados globais
O encerramento da semana passada foi marcado por aumento da cautela nos mercados globais com a notícia de que o presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, almeja um novo pacote de estímulos. O movimento é estendido na abertura da terceira semana do ano nas bolsas europeias, enquanto que as norte-americanas estarão fechadas em virtude de um feriado.
O avanço da Covid-19 segue como a maior preocupação dos investidores, que monitoram a dinâmica da vacinação nas economias mais importantes. Apesar de alguns países estarem avançando no processo, o número de casos e de óbitos segue batendo recordes.
No Brasil: Anvisa aprova uso emergencial de vacinas de Oxford e da Sinovac
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou neste domingo, 17, o uso emergencial das vacinas produzidas pela AstraZeneca em parceria com a Universidade de Oxford e a desenvolvida pela Sinovac. De acordo com o Ministério da Saúde, as doses da vacina produzida pela Sinovac começam a ser distribuídas aos estados nesta segunda-feira e a vacinação pode começar na próxima quarta-feira, 20.
O destaque da agenda de indicadores econômicos de hoje é a divulgação do IBC-Br de novembro pelo Banco Central. O índice procura mensalmente antecipar os resultados do PIB, que são divulgados trimestralmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).