- Pressão de baixa continua no mercado físico do boi gordo, mas se acomoda no futuro
- Comercialização do milho lenta e preços estáveis
- Cotações da soja seguem na dependência de movimento do dólar
- Alta do café em Nova York não se sustenta e gera baixas no Brasil
- No Exterior: acordo comercial entre Reino Unido e União Europeia evolui
- No Brasil: bolsa brasileira zera perdas e retoma nível pré-pandemia
Agenda:
- Brasil: fluxo cambial semanal (Banco Central)
- EUA: posição semanal dos estoques de petróleo (DoE)
- EUA: reunião de política monetária do Banco Central
Pressão de baixa continua no mercado físico do boi gordo, mas se acomoda no futuro
A Scot Consultoria registrou nova rodada de baixas em grande parte das praças pesquisadas pela empresa. Das 32 localidades acompanhadas, 26 apresentaram quedas nos preços na comparação diária. Em São Paulo, a arroba está sendo negociada a R$ 257, preço bruto e à vista, de acordo com a consultoria.
Por outro lado, no mercado futuro, os contratos negociados na B3 apresentaram o segundo dia de alta e parecem acomodar a pressão de baixa observada nas últimas semanas. O vencimento para dezembro passou de R$ 252 para R$ 254,30 e o janeiro foi de R$ 247 para R$ 251.
Comercialização do milho lenta e preços estáveis
De acordo com o consultor da Safras & Mercado Paulo Molinari, o ritmo de comercialização segue lento e com armazéns e empresas entrando em férias coletivas de fim de ano, o mercado tende a ficar ainda mais travado.
Dessa forma, os preços no Brasil ficaram estáveis com as cotações no exterior apresentando forte volatilidade e fechando em leve alta, mas com o dólar voltando a recuar em relação ao real. O valor da saca negociada em Campinas seguiu entre R$ 75 e R$ 77.
Cotações da soja seguem na dependência de movimento do dólar
As cotações da soja no mercado brasileiro seguem na dependência do movimento do dólar em relação ao real. Os preços recuaram dos patamares recordes registrados em setembro e outubro, na esteira da valorização da moeda brasileira a partir da segunda quinzena de novembro, e agora com o produto escasso, os valores simplesmente acompanham o câmbio. Segundo a Safras & Mercado, o produtor foca no plantio e a indústria se afasta das compras.
No levantamento diário da consultoria, a saca em Passo Fundo (RS) passou de R$ 141 para R$ 138. Em Cascavel (PR), caiu de R$ 141 para R$ 140. No interior paulista, uma forte queda, de R$ 156 para R$ 146.
Alta do café em Nova York não se sustenta e gera baixas no Brasil
O café arábica negociado na Bolsa de Nova York chegou a passar grande parte do pregão em alta marcando máxima acima de US$ 1,27 por libra-peso, patamar mais alto desde o dia 11 de setembro. Porém, o mercado encontrou resistência neste nível e passou a cair, fechando em baixa de 1,19%.
Com a desvalorização do dólar em relação ao real somada à queda no exterior, o mercado brasileiro teve um dia de preços mais baixos na comparação diária. O indicador do café arábica do Cepea passou de R$ 600,37 para R$ 596,64 por saca.
No Exterior: acordo comercial entre Reino Unido e União Europeia evolui
Os mercados globais voltam a se animar com a evolução positiva das discussões de um novo acordo comercial entre Reino Unido e União Europeia pós-Brexit. Na terça-feira, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, afirmou que houve progresso nas negociações, o que gerou efeito positivo nas bolsas europeias.
Por enquanto, o otimismo de um novo acordo supera as medidas de fechamento da economia em países importantes da Europa como Alemanha, Holanda e Itália. Em um primeiro momento, as medidas ocorreriam durante o período de Natal para impedir um aumento abrupto de casos de infecção por coronavírus. Porém, na Alemanha, o período será de um mês e escolas e negócios considerados não essenciais ficarão fechados.
No Brasil: bolsa brasileira zera perdas e retoma nível pré-pandemia
O Ibovespa, índice da bolsa brasileira, subiu 82,17% desde a mínima do ano ocorrida durante o começo da pandemia e zerou as perdas de 2020. Com alto fluxo de capital estrangeiro entrando na bolsa a partir de novembro, o índice chegou, nesta terça-feira, 15, aos 116.148 pontos, em alta de 1,34%. A expectativa até o fim do ano é que a entrada de investimento estrangeiro siga forte.
Para 2021, os investidores monitoram sobretudo a evolução da pandemia no Brasil e no mundo e se as vacinas serão capazes de impedir medidas muito duras de restrição à circulação de pessoas. Caso estas medidas venham a ser implementadas, o setor de serviços pode sofrer novamente e afetar o desempenho de outros setores da economia.