O mercado físico de boi gordo apresentou preços firmes ao longo da semana, mesmo com os frigoríficos avançando nas escalas de abate, estimadas em 10 dias úteis, de acordo com o analista de Safras & Mercado, Allan Maia.
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A tendência é de que os negócios se mantenham estáveis nos próximos dias, com a proximidade das festas de final de ano, o que pode trazer perda de liquidez ao mercado físico.
Maia indica que a logística também deve ser mais difícil até o fechamento do ano, apesar de que o andamento do consumo, o fluxo de exportações e as condições das pastagens são fatores a serem acompanhados nas próximas semanas.
A expectativa é de que o ritmo de negócios no mercado brasileiro de boi gordo possa ganhar força novamente a partir de janeiro.
Preços internos da arroba do boi
- Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi a prazo foi de R$ 250, mantendo-se estável em comparação com a semana anterior.
- Já em Dourados (MS), a arroba teve um aumento de 0,87%, passando de R$ 230 para R$ 232.
- Em Cuiabá (MT), a indicação a prazo foi de R$ 212, contra os R$ 211 da semana passada, representando uma alta de 0,47%.
- Já em Uberaba (MG), a indicação a prazo foi de R$ 250 por arroba, registrando um aumento de 4,17% em relação aos R$ 240 da semana anterior.
- Em Goiânia (GO), a indicação a prazo foi de R$ 240, mantendo-se estável em comparação com a semana passada.
Mercado atacadista
Durante a semana, o mercado atacadista registrou aumento nos preços dos cortes do traseiro.
A tendência é de aumento nas cotações, em linha com o período de auge no consumo doméstico no ano.
O quarto do traseiro subiu 0,25%, passando de R$ 19,95 para R$ 20.
O quarto do dianteiro ficou em R$ 13.
Há espaço para novas altas de preço nos cortes do traseiro, considerados mais nobres e que costumam ser mais demandados nas festividades de final de ano.
A partir do começo de 2024, contudo, a demanda tende a se voltar para os cortes do dianteiro do boi, com valores mais acessíveis, levando em consideração o período de pagamento de tributos por grande parte da população.
Exportações
As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 445,403 milhões em dezembro (11 dias úteis), com média diária de US$ 40,491 milhões.
A quantidade total exportada pelo país chegou a 97,395 mil toneladas, com média diária de 8,854 mil toneladas. O preço médio da tonelada ficou em US$ 4.573,20.
Em relação a dezembro de 2022, houve alta de 17,8% no valor médio diário da exportação, ganho de 27,5% na quantidade média diária exportada e desvalorização de 7,6% no preço médio.