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Preços do boi batem em 'teto' com dificuldade de repasse ao varejo

Os preços muito provavelmente encontraram o limite diante da incapacidade de repasse de mais reajustes para a carne bovina no varejo diante do lento crescimento da economia

O mercado físico do boi gordo teve preços estáveis nesta quinta-feira. O analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, assinala que os preços muito provavelmente encontraram um “teto”, diante da incapacidade de repasse de mais reajustes para a carne bovina no varejo diante do lento crescimento da economia.

“Os frigoríficos dependerão de um grande volume de exportação para repetir os números de receita do último trimestre de 2019. Nessas condições, eles não parecem dispostos a atuar agressivamente na compra de gado, avaliando que a China está menos presente em meio à epidemia do Coronavírus. Já a oferta restrita de animais terminados diante das boas condições das pastagens permanece como um limitador de quedas acentuadas no preço da arroba do boi gordo”, assinalou.

Em São Paulo, Capital, os preços do mercado à vista seguiram em R$ 203 a arroba. Em Uberaba, Minas Gerais, os preços permaneceram em R$ 198 a arroba. Em Dourados, no Mato Grosso do Sul, os preços ficaram em R$ 195 a arroba. Em Goiânia, Goiás, o preço indicado continuou em R$ 195 a arroba.  Já em Cuiabá, no Mato Grosso, o preço seguiu em R$ 185 a arroba.

Atacado

No mercado atacadista, os preços da carne bovina seguem firmes. “O viés de curto prazo é positivo com a entrada da massa salarial na economia impulsionando o consumo no varejo, mas sem espaço para altas agressivas nos preços, já que o brasileiro médio tem migrado para proteínas animais mais baratas, principalmente a carne de frango”, disse Iglesias.

Assim, o corte traseiro seguiu em R$ 14,25 o quilo. A ponta de agulha permaneceu em R$ 11,40 por quilo. Já o corte dianteiro seguiu em R$ 12 por quilo.

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