O mercado físico do boi gordo registrou preços de estáveis a mais altos nesta sexta-feira, 5. Segundo o analista Fernando Henrique Iglesias, da consultoria Safras & Mercado, o final de safra se mostra atípico, com oferta curta.
“A oferta de animais terminados, prontos para o abate, se mostrou abaixo da média dos anos anteriores. Em relação à demanda, o destaque fica para a China, que segue comprando volumes muito expressivos de proteína animal brasileira, equilibrando a oferta em meio a uma mudança significativa nos hábitos de consumo diante da pandemia”, disse Iglesias.
Ao mesmo tempo, frigoríficos estão otimistas com a reabertura da economia em alguns estados, particularmente em São Paulo, maior centro consumidor de carne bovina do país. Isso embora se saiba que os níveis de consumo não serão os mesmos de antes da pandemia.
Segundo a Safras, na capital de São Paulo, os preços do mercado à vista ficaram em R$ 199 a arroba, contra R$ 197 a arroba na quinta-feira, 4. Em Uberaba, Minas Gerais, os preços ficaram em R$ 195 a arroba, ante R$ 193- R$ 194,00 a arroba. Em Dourados (MS), os preços ficaram em R$ 184 a arroba, contra R$ 183 – R$ 184 anteriormente. Em Goiânia (GO), o preço indicado foi de R$ 190 a arroba, estável. Já em Cuiabá (MT), o preço ficou em R$ 174 – R$ 175 a arroba, contra R$ 173 a arroba.
Atacado
No mercado atacadista, os preços da carne bovina subiram. Conforme Iglesias, o relaxamento da quarentena gera boa expectativa, mas com ressalvas.
O segundo trimestre tem sido marcado por extrema dificuldade, com pedidos de falência, altas taxas de desemprego e queda na renda das famílias.
Nesta sexta, a ponta de agulha ficou em R$ 11,50 o quilo, contra R$ 11,20 por quilo no dia anterior. Já o corte dianteiro passou de em R$ 11,75 por quilo para R$ 11,90, e o corte traseiro seguiu em R$ 13,30 o quilo.