A semana atual tem sido marcada por negociações acima da média no mercado físico do boi gordo, impulsionadas por uma demanda aquecida no final do ano.
As escalas de abate indicam a necessidade de um ritmo de compras robusto por parte da indústria frigorífica.
Essa urgência de compra é intensificada pelo perfil da demanda no último bimestre, caracterizado por aumentos nos preços da carne no atacado, especialmente nos cortes do traseiro bovino.
O analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, destaca que as condições climáticas no Centro-Norte do país afetam as pastagens, o que pode retardar a entrada de animais terminados em regime extensivo no mercado.
- Em São Paulo, as negociações registraram valores acima da média na terça-feira, com animais destinados ao mercado doméstico sendo negociados até R$ 245/@ a prazo, predominantemente na faixa de R$ 240/@ a prazo.
- Minas Gerais observou uma acomodação dos preços na terça-feira, mas o ambiente de negócios ainda aponta para uma alta no curto prazo. No triângulo mineiro, a indicação de negócios está entre R$ 235/240/@ a prazo.
- Em Goiás, o padrão de negócios se repete ao longo da semana, com indicação de negócios no sudoeste do estado variando entre R$ 230/240/@ a prazo.
- No Mato Grosso do Sul, as negociações registraram valores acima da média na terça-feira, com indicação de negócios em Campo Grande chegando a até R$ 230/@ a prazo.
- No Mato Grosso, os preços se acomodaram ao longo do dia, com uma propensão à alta no curto prazo. Na região de Cuiabá, a indicação de negócios é de R$ 210/@ a prazo, enquanto em Vila Rica é de R$ 206/@ a prazo.
Mercado do boi no atacado
O mercado atacadista apresenta nova alta nos preços ao longo da semana, impulsionado pelo ápice da demanda no mercado doméstico durante o último bimestre.
A entrada do décimo terceiro salário, bonificações, criação de postos temporários de emprego e confraternizações de final de ano são fatores importantes no aumento do consumo de carnes.
A demanda também destaca movimentos mais expressivos nos cortes de maior valor agregado, geralmente associados ao traseiro bovino.
No atacado, o quarto traseiro teve um aumento de R$ 0,50, sendo precificado a R$ 18,60 por quilo. O quarto dianteiro permanece no patamar de R$ 12,90 por quilo, enquanto a ponta de agulha se mantém em R$ 13,00 por quilo.