O mercado físico do boi gordo teve preços de estáveis a mais baixos nesta segunda-feira-feira. “Os frigoríficos seguem reavaliando suas estratégias na compra de gado após mudanças substanciais no padrão de consumo em meio ao isolamento social. Mesmo no ambiente externo há grandes incertezas, avaliando que relevantes parceiros comerciais atravessam por um quadro ainda mais complicado, caso da União Europeia, para onde algumas remessas já foram canceladas, enquanto contratos com exportadores sul-americanos estão sendo revisados”, assinalou o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias.
Segundo ele, a tendência é os frigoríficos mantenham a opção de manter as escalas de abate relativamente encurtadas, posicionadas entre dois e três dias úteis. Já os pecuaristas ainda possuem alguma capacidade de retenção. “No entanto, isso mudará conforme o outono avança. Com o clima mais seco e frio, aumenta do desgaste das pastagens e a necessidade de negociar”, disse.
Em São Paulo, os preços do mercado à vista ficaram em R$ 196 a arroba, ante R$ 197 a arroba na sexta-feira. Em Uberaba, Minas Gerais, os preços recuaram de R$ 189 a arroba para R$ 188 a arroba. Em Dourados, no Mato Grosso do Sul, os preços ficaram em R$ 183 a arroba, contra R$ 185 a arroba. Em Goiânia, Goiás, o preço indicado foi de R$ 185 a arroba, estável. Já em Cuiabá, no Mato Grosso, o preço permaneceu em R$ 172 a arroba.
Atacado
No mercado atacadista, os preços da carne bovina ficaram inalterados. “A tendência de curto prazo ainda é de queda, principalmente do corte traseiro. As mudanças do padrão de consumo são determinantes para justificar essa situação. O fechamento dos restaurantes e de outros estabelecimentos resulta em uma menor demanda por cortes nobres, enquanto alguns frigoríficos passam a sinalizar para câmaras frias lotadas”, disse Iglesias.
Assim, o corte traseiro teve preço de R$ 13,50 o quilo. A ponta de agulha ficou em R$ 10,75 o quilo. Já o corte dianteiro permaneceu em R$ 11,40 o quilo.