A semana termina consolidando o viés de baixa tanto apontado pela Scot Consultoria. Desde o começo de 2017 a oferta restrita era o “contrapeso” da demanda ruim, freando as tentativas das indústrias de impor referências menores ao mercado. Mas, até a quarta semanas de janeiro o consumo não melhorou, enquanto a disponiblidade de gado aumentou ligeiramente.
O resultado disso é um cenário baixista em quase todas as praças. Não há muito interesse por parte dos compradores em alongar as escalas. Assim, as tentativas de alguns pecuaristas de reter a boiada no pasto não têm sido efetivas no sentido de dar sustentação aos preços.
Os analistas destacam que, embora existam ofertas de compra por até R$ 3,00/@ abaixo da referência em todas as regiões do país, este tipo de pressão trava o mercado e não permite que as negociações aconteçam. Não há gado terminado em quantidade suficiente para que isto vire referência de uma hora para outra.
Em São Paulo, por exemplo, há quem oferte até R$ 145,00/@, à vista, mas compras em volumes maiores ocorrem a partir de R$ 147,00/@, nas mesmas condições.
No começo do ano o boi casado era negociado a R$ 10,01/kg. A referência atual é R$ 9,29/kg, queda de 7,1% no período