As exportações de carne bovina tiveram uma queda expressiva em receita e volume no primeiro semestre comparado ao mesmo período em 2022, segundo dados da Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo).
Durante o período, as exportações representaram US$ 1,090 bilhão e 1.076.780 toneladas, queda de 21% nas receitas e de 1% no volume.
De acordo com a entidade, o resultado das receitas foi fortemente influenciado pelos preços médios, que sofreram uma redução de 20%, passando de US$ 5.740 por tonelada no primeiro semestre de 2022 para US$ 4.585 no primeiro semestre de 2023.
A China se manteve como o maior cliente do Brasil durante o primeiro semestre de 2023, importando 136.902 toneladas de carne bovina brasileira somente em junho.
No primeiro semestre, o gigante asiático contribuiu significativamente para as exportações do país, gerando uma receita de US$ 2,612 bilhões, o que corresponde a 52,9% do total exportado.
Além disso, foi responsável pelo transporte de 518.350 toneladas de mercadorias, representando 48,1% do volume total exportado.
Entretanto, o desempenho da China também apresentou queda em comparação ao primeiro semestre de 2022.
As importações chinesas reduziram 4,6% em volume e 29% em receitas, quando comparadas ao mesmo período do ano anterior, em que o país asiático importou 543.191 toneladas e gerou uma receita de US$ 3,676 bilhões.
Em relação aos Estados Unidos, que foram o segundo maior comprador da carne bovina brasileira, as importações aumentaram em 19,7%, alcançando 116.851 toneladas no primeiro semestre de 2023, mas a receita caiu 12,7%, passando de US$ 556,1 milhões em 2022 para US$ 485,2 milhões em 2023.
O Chile assumiu a terceira posição entre os importadores, registrando um aumento de 25,1% em sua movimentação de carne bovina, passando de 36.597 toneladas em 2022 para 44.542 toneladas em 2023. Sua receita também cresceu 18,9%, alcançando US$ 217,7 milhões.
Outros países que se destacaram nas importações de carne bovina brasileira foram Hong Kong, com um aumento de 14% em suas importações, e o Egito, que, apesar de ter reduzido suas compras em 40,6% em volume, sofreu uma queda mais acentuada de 45,3% em sua receita.
No cenário geral, 74 países aumentaram suas importações de carne bovina brasileira, enquanto outros 82 países apresentaram diminuição nas compras.