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Rússia suspende compras de 10 plantas frigoríficas

Exportações de carne bovina e carne suína estão embargadas a partir de 2 e 9 de junhoA Rússia embargou, de modo temporário, oito unidades frigoríficas de carne bovina e duas de suínos a partir de junho deste ano. Plantas das empresas Marfrig, JBS, BRF, Mato Grosso Bovinos, Nortão, Frigoestrela, Silva Industrial e Frigol estão impossibilitadas de exportar por incompatibilidades verificadas na inspeção russa em março.

A partir de 9 de junho, a agência de inspeção russa Rosselkhoznadzor suspenderá temporariamente a importação de carne suína das plantas BRF, de Goiás, e Frigoestrela, em São Paulo. Já para carne bovina, está vetada a exportação de duas unidades da Marfrig, em São Paulo, duas da JBS, uma em Minas Gerais e uma em Goiás, unidades de Mato Grosso Bovinos e Nortão, ambos de Mato Grosso, e do Silva Industrial, no Rio Grande do Sul. A partir de 2 de junho, estão embargadas exportações de carne bovina do Frigol, em São Paulo.

O presidente da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec), Antonio Camardelli, disse que a suspensão temporária às exportações de frigoríficos brasileiros para a Rússia não preocupa, pois existem várias outras plantas aptas a vender os produtos para aquele país.

Segundo a assessoria do Frigoestrela, no dia 09 de maio houve uma inspeção da Rússia no frigorífico, ocasião em que os inspetores fizeram três questionamentos de ajustes. A empresa informa que os três questionamentos foram solucionados. Segundo o frigorífico, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento foi comunicado sobre os ajustes. O Mapa é responsável por comunicar à Rússia sobre as inspeções e, ainda de acordo com a assessoria da Frigoestrela, isto ainda não foi feito.

A JBS informou em nota que a decisão da Rússia de suspender temporariamente as importações de duas plantas de carne bovina da companhia não causam prejuízo a contratos firmados com clientes daquele país. A JBS diz possuir “outras 31 unidades habilitadas a exportar para a Rússia” e que as duas fábricas suspensas “não sofrerão qualquer tipo de perda, já que possuem habilitação para exportar para outros mercados”.

A Marfrig disse que, das três unidades embargadas, apenas uma atendia parcialmente a Rússia, o que não afetará as exportações totais para a Rússia. A empresa afirmou também que as vendas continuarão a ser realizadas por cinco unidades produtoras da Marfrig Beef no Brasil e quatro unidades no Uruguai, não resultando em impacto no volume e na rentabilidade.

A Frigol, de São Paulo, não quis se manifestar e disse que prefere deixar o posicionamento setorial a encargo da Abiec.

Resposta

Após dizer que não iria se pronunciar sobre o assunto, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento informou que vai pedir informações ao governo da Rússia sobre a situação de cada um dos frigoríficos.

Em nota, a pasta afirmou que a comunicação da autoridade russa acerca dos frigoríficos brasileiros decorre de um processo de rotina, um procedimento, segundo o Ministério, comum em negociações sanitárias internacionais.

– O mercado de exportação de carnes para a Rússia está assegurado com a habilitação de diversos frigoríficos brasileiros. Atualmente, mais de 60 unidades estão habilitadas a comercializar carnes bovina e suína com a Rússia – informou o ministério no comunicado.

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