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Diversos

Sem espaço para novas altas, boi gordo estabiliza no Centro-Sul

As indústrias seguem com escalas de abate mais ajustadas, com o impacto da oferta restrita de animais disponíveis no mercado

Oito cabeçadas de boi nelore no pasto
Foto: Plínio Queiroz/divulgação

O mercado físico do boi gordo encerra a semana com preços firmes em grande parte do Centro-Sul do país. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, algumas indústrias optam por se ausentar da compra de gado neste momento, avaliando as melhores estratégias a serem adotadas no curto prazo. “De qualquer maneira ainda não há alívio nas escalas de abate, que ainda atendem entre três e quatro dias úteis. A oferta de animais terminados permanece restrita, dinâmica que tende a não mudar no curto prazo”, afirma.

A expectativa é que volume mais expressivo de animais de safra esteja apto ao abate apenas em meados de março. “Como limitador de altas mais agressivas precisa ser citada a margem da indústria, bastante apertada, enfrentando grande dificuldade de repasse do adicional de custo de matéria-prima ao longo da cadeia produtiva”, indica.

Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 298/299, estável. Em Goiânia (GO), o valor também permaneceu inalterado, em R$ 290. Em Dourados (MS), a arroba ficou em R$ 287. Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 280, inalterada. Em Uberaba, Minas Gerais, preços estáveis em R$ 295 a arroba.

Atacado

O atacado volta a se deparar com acomodação em seus preços. De acordo com Iglesias, mesmo o período de virada de mês ainda não é encarado com otimismo pela agroindústria, consequência do enfraquecimento da demanda durante o primeiro bimestre. “Além disso, os preços da carne bovina permanecem em patamar proibitivo, fazendo com que o consumidor médio siga em seu processo de migração, buscando proteínas mais acessíveis. A carne de frango se encaixa perfeitamente nesse contexto”, pondera Iglesias.

O corte traseiro ainda é precificado a R$ 20,80, por quilo. A ponta de agulha segue no patamar de R$ 15,50, por quilo. O corte dianteiro também permanece cotado a R$ 15,50, por quilo.

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