- Boi: arroba segue estável buscando sinais de melhora da demanda
- Milho: preços ficam mistos apesar de alta expressiva em Chicago
- Soja: bushel volta a se aproximar de US$ 14
- Café: arábica segue recuando com falta de força em Nova York
- No exterior: bolsas sinalizam correção após altas dos últimos dias
- No Brasil: autonomia do Banco Central e preço dos combustíveis no foco do cenário político
Agenda:
- Brasil: IPCA de janeiro (IBGE)
- Brasil: primeira prévia do IGP-M de fevereiro (FGV)
- EUA: relatório de oferta e demanda (USDA)
Boi: arroba segue estável buscando sinais de melhora da demanda
A arroba do boi gordo segue estável e com variações pequenas em torno de R$ 301 no indicador do Cepea. A cotação passou de R$ 301,70 para R$ 301,50 e o mercado busca sinais de melhora da demanda, tanto interna quanto externa, para maiores avanços. Nos futuros, os contratos negociados na B3 tiveram um dia positivo e o vencimento para fevereiro passou de R$ 296,7 para R$ 299,20 por arroba.
De acordo com os dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), na primeira semana de fevereiro, foram exportadas 23,55 mil toneladas de carne bovina fresca, refrigerada ou congelada. O número ficou bem abaixo do registrado nas últimas semanas e resultou em uma média diária de 4,52 mil toneladas. Caso o ritmo se mantenha até o fim de fevereiro, a projeção é de que o volume não supere 100 mil toneladas no mês.
Milho: preços ficam mistos apesar de alta expressiva em Chicago
O indicador do milho do Cepea recuou pelo terceiro dia consecutivo e passou de R$ 82,78 para R$ 82,69 por saca. A consultoria Safras & Mercado, por outro lado, registrou preços mais altos em algumas regiões como Cascavel (PR), Sorriso (MT) e Rondonópolis (MT). O consultor Paulo Molinari ressaltou os fortes ganhos em Chicago, com os preços nos maiores níveis desde julho de 2013, e a postura retraída do vendedor.
Na primeira semana de fevereiro, as exportações de milho alcançaram 317,78 mil toneladas, com uma média diária de 63,55 mil toneladas. Apesar da média por dia útil ter desacelerado de maneira expressiva em relação ao registrado em dezembro em janeiro, ela ficou 236,22% acima do observado em fevereiro do ano passado.
Soja: bushel volta a se aproximar de US$ 14
O bushel da soja negociado em Chicago teve alta expressiva e voltou a se aproximar dos US$ 14, patamar que não é alcançado desde o dia 15 de janeiro. No Brasil, os preços ficaram mistos e regionalizados. De acordo com a Safras & Mercado, a saca teve recuo no Rio Grande do Sul, mas avançou no porto de Paranaguá (PR).
Assim como ocorreu na primeira semana de janeiro, a primeira de fevereiro também não teve embarques relevantes de soja do Brasil para o exterior. O atraso da colheita explica em grande parte a fraqueza das exportações neste início de ano. Este ritmo lento, inclusive, serve de suporte para as cotações em Chicago, pois a demanda chinesa pode ser deslocada para a oleaginosa norte-americana.
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- Soja: mesmo com clima favorável, colheita segue como a mais atrasada
Café: arábica segue recuando com falta de força em Nova York
A saca do café arábica recuou 0,64% de R$ 668,91 para R$ 664,66 no indicador calculado pelo Cepea. Em Nova York, os preços seguem estáveis e sem força para superar o patamar de US$ 1,25 por libra-peso. Com isso, as cotações no Brasil ficam na dependência principal dos movimentos do dólar. Em dias de valorização do real frente ao dólar, o preço da saca tende a recuar.
Nesta segunda, a moeda norte-americana teve uma leve queda de 0,21% e passou de R$ 5,3837 para R$ 5,3726. A volatilidade do câmbio no Brasil e do arábica em Nova York tem dificultado a comercialização e mantido o ritmo de negócios lento.
No exterior: bolsas sinalizam correção após altas dos últimos dias
As bolsas globais abrem esta terça-feira sinalizando uma leve correção após as altas observadas nos últimos dias. Os mercados seguem monitorando a dinâmica da vacinação nas economias importantes.
Os índices asiáticos encerraram os negócios sem direção definida, com os investidores preocupados com a regulação da China sobre empresas de tecnologia.
Os bons resultados corporativos, sobretudo de bancos e de empresas de tecnologia, a aceleração da vacinação nos Estados Unidos, bem como a desaceleração nos casos e óbitos de Covid-19 no país, impulsionaram as ações nos EUA desde o começo de fevereiro. Ao mesmo tempo, uma melhora da economia pode tirar a pressão pela aprovação rápida de novos pacotes de estímulos e os mercados podem reagir negativamente.
No Brasil: autonomia do Banco Central e preço dos combustíveis no foco do cenário político
O projeto de autonomia do Banco Central e discussões em relação ao preço dos combustíveis são foco do cenário político. O presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), tem participado de reuniões com o ministro Paulo Guedes, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, e o relator do projeto, Silvio Costa Filho (Republicanos-PE). O texto pode ser votado nesta terça-feira, 9.
O presidente Jair Bolsonaro reafirmou que não pretende de maneira alguma interferir na política de preços da Petrobras, porém, quer que a equipe econômica estude a possibilidade de reduzir os impostos federais cobrados sobre os combustíveis. Bolsonaro também admitiu que uma nova rodada do auxílio emergencial pode ser negociada.