- Boi: arroba ultrapassa R$ 300 pela primeira vez na B3
- Milho: preços seguem em recuperação lenta
- Soja: indicador do Cepea cai ao menor nível desde o início de janeiro
- Café: arábica recua com câmbio e queda em Nova York
- No Exterior: taxas futuras de juros nos EUA seguem avançando
- No Brasil: presidente do Senado reafirma alinhamento com Câmara sobre reformas
Agenda:
- Brasil: relatório focus (Banco Central)
- Brasil: balança comercial das três primeiras semanas de fevereiro
- EUA: inspeções de exportação semanal (USDA)
Boi: arroba ultrapassa R$ 300 pela primeira vez na B3
A arroba do boi gordo ultrapassou R$ 300 no fechamento pela primeira vez na história da B3. O vencimento para fevereiro passou de R$ 299,25 para R$ 301,50 por arroba. No contrato de maio, a alta foi de R$ 283,60 para R$ 285,85. Apesar de o mercado físico apresentar leve queda dos preços nos últimos dias, o futuro se ajusta aos dias finais de negociação do contrato que vence este mês.
O indicador do boi gordo do Cepea teve um leve recuo de 0,23% e passou de R$ 303,75 para R$ 303,05 por arroba. Dessa forma, em 2021, a valorização acumulada da arroba chegou a 13,44%. No atacado, os preços ficaram estáveis.
Milho: preços seguem em recuperação lenta
O indicador do milho do Cepea, calculado com base nos preços praticados em Campinas (SP), subiu pelo quinto dia consecutivo e passou de R$ 84,06 para R$ 84,35 por saca. Dessa forma, a cotação registrou o maior patamar em praticamente um mês. Na comparação semanal, os preços tiveram uma alta de 1,43%.
No mercado futuro, os contratos de milho negociados na B3 tiveram cotações entre estáveis e mais altas. O vencimento para março ficou inalterado em R$ 86,66 por saca e o para maio foi de R$ 85,30 para R$ 85,96.
Soja: indicador do Cepea cai ao menor nível desde o início de janeiro
O avanço da colheita segue pressionando as cotações da soja no Brasil, e o indicador do Cepea recuou ao menor nível desde 5 de janeiro. A saca caiu 0,45%, de R$ 163,70 para R$ 162,96, e terminou a terceira semana de fevereiro com uma queda de 2,65% na comparação semanal.
Em Chicago, os preços tiveram um pequeno avanço e se recuperaram parcialmente da queda do dia anterior. O bushel subiu 0,26%, de US$ 13,764 para US$ 13,80. O mercado monitora o clima norte-americano e a demanda pelo produto dos EUA para testar novas altas.
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Café: arábica recua com câmbio e queda em Nova York
Os preços do café arábica recuaram no Brasil após dois dias de altas expressivas, seguindo o movimento de valorização do real em relação ao dólar e de queda na Bolsa de Nova York. O indicador do Cepea caiu 0,40% e passou de R$ 683,70 para R$ 680,94 por saca. Ainda assim, na comparação semanal, a cotação avançou 3,5%.
Em Nova York, as cotações dos contratos futuros do café arábica interromperam uma alta de quatro dias consecutivos. Porém, houve apenas uma leve queda causada pela realização dos lucros. Dessa forma, o vencimento para maio caiu de US$ 1,2930 para US$ 1,2915 por libra-peso.
No exterior: taxas futuras de juros nos EUA seguem avançando
A semana começa com as bolsas europeias e os futuros dos índices norte-americanos operando em baixa com o mercado monitorando o avanço das taxas futuras de juros nos Estados Unidos. A recuperação econômica e a expectativa de avanço dos preços das commodities aumentando a inflação têm impulsionado as altas das taxas de juros de títulos do Tesouro norte-americano.
Na agenda de indicadores da semana nos EUA, destaque para dados do PIB no quarto trimestre de 2020 e da inflação em janeiro. Caso os números confirmem aumento da inflação e melhora dos índices de atividade econômica, a expectativa é que os juros sigam em alta.
No Brasil: presidente do Senado reafirma alinhamento com Câmara sobre reformas
O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), reafirmou neste sábado, 20, que há uma vontade política no Congresso Nacional para a votação das reformas tributária e administrativa. Além disso, ele também reforçou que as Propostas de Emenda à Constituição (PECs) de ajuste fiscal devem ser votadas nas próximas semanas.
Na agenda econômica da semana, o destaque fica por conta da divulgação de dados de inflação e mercado de trabalho. O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) mostrou criação robusta de vagas formais de trabalho em dezembro de 2020 e a expectativa do mercado é observar se a tendência se mantém para o início deste ano.